Rogerio Ceron, atual secretário do Tesouro Nacional (Leandro Fonseca/Exame)
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Publicado em 16 de dezembro de 2025 às 19h27.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve deixar o cargo em fevereiro para se dedicar às eleições de 2026. A tendência é que o secretário-executivo, Dario Durigan, assuma a pasta e eleve o atual secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, ao posto de número dois da Fazenda, segundo apurou a EXAME com duas pessoas próximas ao atual ministro.
O desenho tem sido discutido entre Haddad e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O chefe do ministério prefere coordenar a campanha petista à reeleição, mas está disposto a enfrentar uma disputa pelo governo de São Paulo ou ao Senado caso o chefe do Executivo faça um pedido nesse sentido.
O atual chefe de gabinete da pasta, Laio Morais, deve deixar o governo junto com Haddad.
A tendência é que Lula aceite as sugestões de Haddad e mantenha a mesma equipe no ministério. Durigan se tornou secretário-executivo da pasta em 2023, com a saída de Gabriel Galípolo para o Banco Central.
Durigan é formado em direito, foi assessor especial na Prefeitura de São Paulo na gestão Haddad e trabalhou em multinacionais, como o WhatsApp.
Ceron, por sua vez, está à frente da Secretaria do Tesouro desde o início do governo. Auditor fiscal de carreira, também foi assessor direto de Haddad no Executivo paulistano.
Caso seja concretizado o desenho elaborado por Haddad para o futuro da Fazenda, o atual ministro confirmará o grau de influência no governo federal e irá se preparar para elaborar o plano de governo de Lula para 2026 ou para disputar mais uma eleição.
A preferência por não entrar no pleito ocorre para evitar eventual nova derrota.
A avaliação do governo federal é que será difícil derrotar Tarcísio de Freitas (Republicanos), que deve tentar a reeleição no governo de São Paulo.