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Cerca de 300 deixam prédio ocupado há nove meses em SP

Desde as 6h, 110 policiais estavam no local para cumprir a ordem da Justiça para reintegração de posse, obtida em abril desse ano pelo proprietário do edifício

Visão aérea do Centro de São Paulo: a desocupação ocorreu de forma pacífica por volta das 9h30 (Ana Paula Hirama/ Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2012 às 20h10.

São Paulo - Cerca de 300 pessoas, segundo a Polícia Militar, deixaram na manhã de hoje (28) o prédio de um antigo hotel que ocupavam há nove meses, na altura do nº 900 da Avenida Ipiranga, na região central de São Paulo . Desde as 6h, 110 policiais estavam no local para cumprir a ordem da Justiça para reintegração de posse, obtida em abril desse ano pelo proprietário do edifício. A desocupação ocorreu de forma pacífica por volta das 9h30.

As 94 famílias, que fazem parte do movimento Frente de Luta por Moradia, disseram que irão montar acampamento em uma rua nas proximidades do local. Segundo Maria do Planalto, coordenadora deste grupo, a Prefeitura de São Paulo queria encaminhar as famílias para alberques, mas essa opção foi recusada. “Isso nós não queremos, porque, por questões de localização, crianças teriam que sair da escola e pessoas dos empregos”. A coordenadora declarou que 78 crianças moravam no prédio ocupado.

Por volta das 11h, uma faixa da Avenida Ipiranga permanecia interditada por seis caminhões de mudança, contratados pelo proprietário do edifício, para o transporte dos pertences dos moradores. Eles recusaram a oferta. “Tudo o que a gente tem vai ficar com a gente. Vamos fazer uma reunião e decidir onde vamos acampar”, disse Maria do Planalto.

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As 94 famílias, que fazem parte do movimento Frente de Luta por Moradia, disseram que irão montar acampamento em uma rua nas proximidades do local. Segundo Maria do Planalto, coordenadora deste grupo, a Prefeitura de São Paulo queria encaminhar as famílias para alberques, mas essa opção foi recusada. “Isso nós não queremos, porque, por questões de localização, crianças teriam que sair da escola e pessoas dos empregos”. A coordenadora declarou que 78 crianças moravam no prédio ocupado.

Por volta das 11h, uma faixa da Avenida Ipiranga permanecia interditada por seis caminhões de mudança, contratados pelo proprietário do edifício, para o transporte dos pertences dos moradores. Eles recusaram a oferta. “Tudo o que a gente tem vai ficar com a gente. Vamos fazer uma reunião e decidir onde vamos acampar”, disse Maria do Planalto.

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