Centrais sindicais convocam protestos para 11 de julho
Jornada nacional de protestos será para reforçar reivindicações e aproveitar onda de manifestações, segundo sindicatos
Da Redação
Publicado em 25 de junho de 2013 às 14h32.
Rio de Janeiro - As principais centrais sindicais do país convocaram nesta terça-feira os trabalhadores para uma jornada nacional de protestos e paralisações no dia 11 de julho para reforçar suas reivindicações diante do governo e aproveitar o clima propiciado pela atual onda de manifestações.
"Não será uma greve geral como se especulava na imprensa, mas uma jornada de lutas, com paralisações, algumas greves e muitas mobilizações", disse à Agência Efe um porta-voz da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
"Será em um dia nacional de luta com greves e manifestações em todos os estados do país", disse o presidente da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva.
A convocação foi definida hoje em reunião em São Paulo entre os dirigentes das principais centrais sindicais, incluindo a CUT, Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas) e Central Geral dos Trabalhadores Brasileiros (CGTB).
"Houve um consenso de que na atual conjuntura do país não há ambiente para uma greve geral, já que não teria muitas adesões", afirmou a fonte da CUT ao admitir que, com o desemprego em níveis baixos e negociações salariais satisfatórias para os trabalhadores a pauta dos sindicatos está limitada a outras reivindicações.
As centrais, no entanto, consideram que uma grande mobilização nacional poderá reforçar a posição dos sindicatos nas negociações com o governo.
Os sindicatos também consideram que a insatisfação expressada pelos brasileiros nas manifestações por melhores serviços públicos que ocorrem pelo país há duas semanas também pode fortalecer as reivindicações dos sindicatos.
"Nosso papel será levantar as bandeiras da classe trabalhadora e incorporar as reivindicações das ruas. Vemos com bons olhos o que está ocorrendo no país", afirmou presidente da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, Pascoal Carneiro.
Os sindicatos aproveitaram a reunião para unificar sua posição e suas reivindicações antes da reunião de amanhã com a presidente Dilma Rousseff, para a qual foram convidados pela própria governante.
As principais demandas dos sindicatos são a redução da jornada de trabalho até 40 horas semanais, a modificação de uma lei que reduz as pensões de quem se aposenta prematuramente e o arquivamento de um projeto de lei que permite às empresas ampliar o número de trabalhadores terceirizados.
Alguns sindicatos também reivindicam medidas para reduzir a inflação, que consideram a principal preocupação dos trabalhadores atualmente, e, assim como os manifestantes, exigem maiores investimentos públicos em educação, saúde e transporte.
Os sindicatos negaram ter convocado uma greve geral para 1º de julho, como asseguram nas redes sociais alguns dos movimentos que organizam as manifestações.
A CUT atribuiu essa convocação em um perfil falso em Facebook "a grupos oportunistas, sem compromissos com os trabalhadores, que querem confundir e gerar insegurança na população, além de colocar em risco conquistas que lutamos muito para conseguir, como o direito à livre manifestação".
*Matéria atualizada às 14h31
Rio de Janeiro - As principais centrais sindicais do país convocaram nesta terça-feira os trabalhadores para uma jornada nacional de protestos e paralisações no dia 11 de julho para reforçar suas reivindicações diante do governo e aproveitar o clima propiciado pela atual onda de manifestações.
"Não será uma greve geral como se especulava na imprensa, mas uma jornada de lutas, com paralisações, algumas greves e muitas mobilizações", disse à Agência Efe um porta-voz da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
"Será em um dia nacional de luta com greves e manifestações em todos os estados do país", disse o presidente da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva.
A convocação foi definida hoje em reunião em São Paulo entre os dirigentes das principais centrais sindicais, incluindo a CUT, Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas) e Central Geral dos Trabalhadores Brasileiros (CGTB).
"Houve um consenso de que na atual conjuntura do país não há ambiente para uma greve geral, já que não teria muitas adesões", afirmou a fonte da CUT ao admitir que, com o desemprego em níveis baixos e negociações salariais satisfatórias para os trabalhadores a pauta dos sindicatos está limitada a outras reivindicações.
As centrais, no entanto, consideram que uma grande mobilização nacional poderá reforçar a posição dos sindicatos nas negociações com o governo.
Os sindicatos também consideram que a insatisfação expressada pelos brasileiros nas manifestações por melhores serviços públicos que ocorrem pelo país há duas semanas também pode fortalecer as reivindicações dos sindicatos.
"Nosso papel será levantar as bandeiras da classe trabalhadora e incorporar as reivindicações das ruas. Vemos com bons olhos o que está ocorrendo no país", afirmou presidente da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, Pascoal Carneiro.
Os sindicatos aproveitaram a reunião para unificar sua posição e suas reivindicações antes da reunião de amanhã com a presidente Dilma Rousseff, para a qual foram convidados pela própria governante.
As principais demandas dos sindicatos são a redução da jornada de trabalho até 40 horas semanais, a modificação de uma lei que reduz as pensões de quem se aposenta prematuramente e o arquivamento de um projeto de lei que permite às empresas ampliar o número de trabalhadores terceirizados.
Alguns sindicatos também reivindicam medidas para reduzir a inflação, que consideram a principal preocupação dos trabalhadores atualmente, e, assim como os manifestantes, exigem maiores investimentos públicos em educação, saúde e transporte.
Os sindicatos negaram ter convocado uma greve geral para 1º de julho, como asseguram nas redes sociais alguns dos movimentos que organizam as manifestações.
A CUT atribuiu essa convocação em um perfil falso em Facebook "a grupos oportunistas, sem compromissos com os trabalhadores, que querem confundir e gerar insegurança na população, além de colocar em risco conquistas que lutamos muito para conseguir, como o direito à livre manifestação".
*Matéria atualizada às 14h31