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Centrais querem solução para demissões na Petrobras

Centrais sindicais estiveram no Palácio do Planalto para buscar solução ao passivo trabalhista dos funcionários de empresas terceirizadas de obras da Petrobras


	Sede da Petrobras: problemas afetariam entre 10 mil e 12 mil trabalhadores, segundo presidente da CUT
 (Sergio Moraes/Reuters)

Sede da Petrobras: problemas afetariam entre 10 mil e 12 mil trabalhadores, segundo presidente da CUT (Sergio Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2014 às 22h41.

Brasília - Representantes de centrais sindicais estiveram novamente hoje (15) no Palácio do Planalto, em busca de uma solução para o passivo trabalhista dos funcionários de empresas terceirizadas de obras da Petrobras.

Do encontro com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, e com representantes do Ministério da Justiça e da Controladoria-Geral da União, a posição consensual é que é preciso uma solução jurídica para o impasse.

De acordo com o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, os problemas de falta de pagamentos e demissões em obras da estatal em vários estados envolvem entre 10 mil e 12 mil trabalhadores. A principal reivindicação dos sindicalistas é que alguma instância garanta os pagamentos, "já que os trabalhadores não podem ser prejudicados".

Na semana passada, o pedido para que os salários fossem depositados na Justiça do Trabalho foi apresentado à presidenta Dilma Rousseff . Amanhã (16), representantes dos movimentos sindicais serão recebidos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já que a solução passa pelo Ministério Público do Trabalho.

“As empresas têm contrato com a Petrobras e alegam que a estatal não paga há muito tempo. Queremos o cálculo trabalhista de cada contrato. Em seguida, que esse cálculo vá para a Justiça Estadual do Trabalho e que ela fique responsável pelo pagamento, controlando e verificando, para não deixar o trabalhador ser penalizado”, afirmou o presidente da Força Sindical, Miguel Torres.

“Somos contra o processo de terceirização quando não tem corresponsabilidade da empresa mãe pela que contrata os serviços. Se tivesse responsabilidade compartilhada, automaticamente a empresa contratante teria de fazer o pagamento. Como hoje não tem, contrata-se uma empresa terceirizada para fazer o serviço e ela terceiriza outra empresa. É o que está ocorrendo”, relatou Vagner Freitas.

Segundo ele, o processo de terceirização na estatal é muito grande. São 70 mil petroleiros e 250 mil trabalhadores terceirizados. O encontro com Rodrigo Janot está marcado para amanhã (16), às 11h30, na sede da Procuradoria-Geral da República.

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