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Censura em universidades?; mais pacotes explosivos nos EUA e mais...

POLICIAIS EM NOVA YORK: pacotes com explosivos foram enviados para críticos do governo Trump CNN/Handout via REUTERS / (CNN/Handout/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2018 às 06h59.

Última atualização em 26 de outubro de 2018 às 07h07.

Operações em universidades

Policiais e fiscais de tribunais eleitorais realizaram uma série de ações em universidades públicas por todo o país que foram apontadas como censura pela comunidade acadêmica e por entidades civis. As medidas, na maior parte relacionadas à fiscalização de suposta propaganda eleitoral ocorreram em diversas cidades do país. No Rio, a Justiça ordenou que a Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense retirasse de sua fachada uma bandeira que dia “Direito UFF Antifascista”. Para a Justiça, a faixa tem “conteúdo de propaganda eleitoral negativa contra o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro”. Os estudantes organizam uma manifestação para esta sexta-feira. Em nota, a seção do Rio da Ordem dos Advogados do Brasil manifestou “repúdio” a “decisões da Justiça Eleitoral que tentam censurar a liberdade de expressão de estudantes e professores das faculdades de direito”.

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Datafolha nacional e nos estados

Pesquisa Datafolha divulgada às 19h desta quinta-feira mostra que a distância de Jair Bolsonaro (PSL) para Fernando Haddad (PT) caiu de 18 para 12 pontos a três dias da votação. O capitão reformado do exército tem agora 56% das intenções de voto, ante 44% do adversário. O levantamento passado mostrava liderança de 59% a 41% a favor de Bolsonaro. O Datafolha também divulgou dados sobre as campanhas estaduais. A disputa mais acirrada segue sendo a paulista. João Doria (PSDB) segue na frente, mas a diferença para Márcio França (PSL) caiu de seis para quatro pontos — Doria lidera com 52%, ante 48% do adversário. No Rio de Janeiro, o Datafolha confirmou a pesquisa Ibope que aponta redução da diferença de Wilson Witzel (PSL) para Eduardo Paes (DEM). Witzel tem 56% das intenções de voto, ante 44% do adversário.

Cotação militar

O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, avalia nomes militares para presidir a Petrobras, caso seja eleito. Para setores da campanha do presidenciável, a mais importante estatal do País sob o comando de um general passaria a imagem de austeridade para minimizar impactos de um possível governo com políticos tradicionais. A Petrobras é considerada simbólica por ter sido alvo da Operação Lava Jato durante os governos do PT. As análises na campanha do capitão reformado sobre a escolha de um militar para a presidência da Petrobras, num eventual governo, ocorrem num momento em que tanto Bolsonaro quanto seu principal conselheiro na área econômica, Paulo Guedes, são questionados sobre divergências entre o pensamento estatizante que marcou a trajetória parlamentar do candidato e a linha ultraliberal do economista.

Sem precedente

O uso de notícias falsas para mobilizar eleitores brasileiros pode não ter precedentes, em razão do uso do WhatsApp para isso, disse nesta quinta-feira (25) Laura Chinchilla, chefe da missão da Organização dos Estados Americanos (OEA), que está acompanhando o processo eleitoral no Brasil. “É a primeira vez em uma democracia que estamos observando o uso do WhatsApp para disseminar maciçamente notícias falsas”, afirmou Laura. Segundo a Organização, autoridades dos Estados Unidos também se viram surpreendidas pela difusão de notícias falsas durante as eleições de 2016. A diferença é que no Brasil a disseminação está ocorrendo em maior parte pelo WhatsApp, que é uma rede privada, enquanto em outros casos foram usados Facebook e Twitter, redes públicas que permitem uma atuação mais incisiva.

Digo que fico

O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, disse nesta quinta que não vai retirar o Brasil do acordo de Paris sobre mudanças climáticas, caso vença o segundo turno da eleição presidencial no próximo domingo. Em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, Bolsonaro, que lidera com folga as pesquisas de intenção de voto, também disse que não quer uma guerra com a Venezuela ou com qualquer outro país e declarou que, se eleito, buscará a Organização das Nações Unidas (ONU) para tratar da questão dos refugiados venezuelanos.

Fraude da BRF?

O Ministério da Agricultura abriu uma investigação de corrupção a partir de alegações policiais de que a BRF, maior exportadora de frango do mundo, teria agido para fraudar protocolos de segurança alimentar. O processo de apuração de responsabilidade de pessoa jurídica, publicado no Diário Oficial da União em 17 de outubro, não cita nominalmente nenhuma empresa. A publicação ocorreu dois dias após a divulgação de um relatório da Polícia Federal alegando que pessoas do alto escalão da BRF supostamente adulteraram documentos e resultados de laboratórios para burlar normas de segurança alimentar e controles de qualidade. As autoridades encontraram evidências de que a BRF ordenou o abate para consumo em 2016 de cerca de 26.000 aves infectadas com Salmonella Typhimurium, um patógeno nocivo aos seres humanos. A polícia também alega que a empresa forneceu informações falsas às autoridades para ocultar a decisão.

Caffarelli na Cielo

A Cielo ofereceu a presidência-executiva da empresa de meios de pagamentos ao atual presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, nesta quinta-feira. Segundo a agência de notícias Reuters, Caffarelli provavelmente assumirá a presidência da Cielo, uma vez que ele decidiu não permanecer no Banco do Brasil. Ambas as fontes, contudo, não confirmaram se Caffarelli já teria aceitado a proposta. Mais cedo, o jornal O Globo noticiou que a Cielo havia escolhido Caffarelli como seu novo presidente-executivo. A empresa de meios de pagamento vinha buscando um novo presidente desde julho, após a renúncia de Eduardo Gouveia. A busca incluiu potenciais candidatos dos controladores BB e Bradesco. A Cielo vem enfrentando acirrada concorrência por parte de novas startups de tecnologia financeira, incluindo a PagSeguro Digital e a Stone, que levantaram capital por meio de oferta pública inicial de ações (IPO) nos Estados Unidos neste ano.

Mais pacotes explosivos

Dois pacotes com explosivos foram interceptados em centros dos correios do Estado americano de Delaware, nesta quinta-feira (25). Os novos pacotes foram endereçados ao ex-vice-presidente do governo Obama, Joe Biden e ao ator americano Robert de Niro. Estes são o nono e o décimo envelopes descobertos pela polícia até agora. Todos os alvos até agora são figuras ligadas ao Partido Democrata ou críticos do governo Donald Trump. Segundo a imprensa americana, os dois envelopes são similares às outras correspondências que continham explosivos interceptadas desde segunda-feira. Autoridades americanas alertaram que era possível que outros pacotes ainda não tivessem chegado aos destinatários e seria preciso que as pessoas se mantivessem vigilantes nos próximos dias.

Virando as costas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que os imigrantes que participam da caravana em direção ao seu país deveriam “dar meia volta e voltar para seus países”. Em seu Twitter, o líder americano voltou a rejeitar a entrada de novos imigrantes pelas fronteiras americanas. “Voltem para seus países, e façam o processo para reconhecimento de cidadania, como milhares fazem!”, disse. Ele ainda elogiou o projeto político do primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, que tem endurecido as fronteiras e dificultado a entrada de novos imigrantes no país. “O primeiro-ministro está trabalhando muito duro para melhorar a economia da Itália, e vai ter muito sucesso!”.

Etiópia elege

O Parlamento da Etiópia elegeu Sahle-Work Zewde como presidente do país, nesta quinta-feira (25). Ela será a primeira mulher a ocupar o cargo. Sahle-Work Zewde, que fez carreira na diplomacia, é a quarta pessoa a assumir a presidência do país desde a aprovação da Constituição de 1995. O texto prevê que um presidente pode ser eleito para no máximo dois mandatos de seis anos. Até agora ela trabalhava como representante especial na União Africana (UA) do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres. Sua nomeação acontece após a renúncia do presidente Mulatu Teshome, que estava no cargo desde 2013.

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