CCJ da Câmara aprova reforma administrativa
Aprovada a admissibilidade, quando os parlamentares avaliam se a proposta cumpre requisitos constitucionais e jurídicos, a PEC segue agora para uma comissão especial que discutirá seu mérito
Reuters
Publicado em 25 de maio de 2021 às 16h22.
Última atualização em 25 de maio de 2021 às 16h28.
A Comissão de Constituição e Justiça ( CCJ ) da Câmara aprovou nesta terça-feira a admissibilidade da proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma administrativa , primeiro passo para o texto que mudará regras no serviço público tramite no Congresso.
Aprovada a admissibilidade, quando os parlamentares avaliam se a proposta cumpre requisitos constitucionais e jurídicos, a PEC segue agora para uma comissão especial que discutirá seu mérito.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), elogiou a aprovação da medida no colegiado.
"A CCJ da Câmara estabeleceu hoje mais um marco na agenda de reformas do país, ao aprovar a admissibilidade da reforma administrativa. Agora o texto segue para a Comissão Especial, onde começa a discussão do mérito”, disse ele, no Twitter.
A reforma, inserida em uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) altera disposições sobre servidores, empregados públicos e organização administrativa, na intenção de “conferir maior eficiência, eficácia e efetividade à atuação do Estado”.
Na última semana, o relator da proposta, Darci de Matos (PSD-SC), apresentou parecer favorável à admissibilidade da PEC. Na ocasião, recomendou a retirada de trechos da proposta original. Um deles tratava de impedimento aos servidores de cargos típicos de Estado de exercer qualquer atividade remunerada. O outro previa que o presidente da República pudesse extinguir, transformar ou fundir entidades da administração pública autárquica e fundacional.
Posteriormente, recomendou ainda a retirada de item que tratava de novos princípios da administração pública como a imparcialidade, a transparência, a inovação, a responsabilidade, unidade, a coordenação, a boa governança pública e a subsidiariedade.
O relator reconheceu que boa parte das polêmicas envolvem questões de mérito, a serem discutidas na comissão especial.
Mais cedo, no evento BTG Pactual CEO Conference, tanto o presidente da Câmara, quanto o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), defenderam a importância da proposta e destacaram que ela não irá abranger os funcionários que já integram o serviço público.
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