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Casos de sarampo nas Américas chegam a 5 mil

Brasil registrou, até o momento, 1.237 casos, incluindo seis mortes

Sarampo: Ministério da Saúde promove até o dia 31 deste mês a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite e Sarampo (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Sarampo: Ministério da Saúde promove até o dia 31 deste mês a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite e Sarampo (Tomaz Silva/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 21 de agosto de 2018 às 14h30.

O número de casos confirmados de sarampo na região das Américas mais que dobrou em um mês. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), 11 países do continente notificaram 5.004 casos confirmados da doença este ano: Antígua e Barbuda (1), Argentina (8), Brasil (1.237, incluindo seis mortes), Canadá (19), Colômbia (60), Equador (17), Estados Unidos (107), Guatemala (1), México (5), Peru (4) e Venezuela (3.545, incluindo 62 óbitos). Até 20 de julho, os mesmos países haviam confirmado 2.472 casos.

"Tendo em vista a velocidade de propagação da doença pela região, a Opas ampliou as recomendações que já vinham sendo feitas aos países. Entre elas, aumentar a cobertura vacinal e fortalecer a vigilância epidemiológica, a fim de aumentar a imunidade da população e detectar/responder rapidamente a casos suspeitos de sarampo", informou a entidade, por meio de comunicado.

Na nota, o organismo internacional orienta ainda que, durante surtos, seja estabelecido um manejo correto de casos intra-hospitalares para evitar a transmissão nas próprias unidades de saúde, com um fluxo adequado de pacientes para salas de isolamento - evitando o contato com outros pacientes em salas de espera e/ou locais de internação.

Outras recomendações da Opas:

- Vacinar a população para manter uma cobertura homogênea de 95% com a primeira e a segunda dose da Tríplice Viral em todos os municípios;

- Vacinar populações em risco (sem comprovação de vacinação ou imunidade contra sarampo e rubéola), como profissionais de saúde, pessoas que trabalham com turismo e transporte (hotelaria, aeroportos, motoristas de táxi) e viajantes internacionais;

- Manter uma reserva de vacinas contra sarampo e rubéola e de seringas para controle de casos importados em cada país da região;

- Fortalecer a vigilância epidemiológica para detecção oportuna de todos os casos suspeitos de sarampo e garantir que as amostras sejam recebidas por laboratórios até cinco dias após serem tomadas;

- Fornecer resposta rápida aos casos importados de sarampo, com o objetivo de evitar o restabelecimento da transmissão endêmica (que existe de forma contínua e constante dentro de uma determinada região).

- Identificar fluxos migratórios do exterior (chegada de estrangeiros) e fluxos internos (movimentos de grupos populacionais) em cada país, a fim de facilitar o acesso aos serviços de vacinação, de acordo com os calendários nacionais de imunização.

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O Ministério da Saúde promove até o dia 31 deste mês a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite e Sarampo. A meta é imunizar pelo menos 95% de 11,2 milhões de crianças com idade entre 1 ano e menores de 5 anos, independentemente da situação vacinal delas, e criar uma barreira sanitária de proteção da população brasileira. Até ontem (20), metade do público-alvo havia sido vacinada.

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