Brasil

Brasil tem 824 mortes pela covid-19 em um dia e total vai 14.817 óbitos

Nesta sexta-feira, 15, o ministro da Saúde Nelson Teich pediu exoneração do cargo

Lockdown: duas cidade do Rio de Janeiro já adotaram o isolamento total. (Luis Alvarenga/Getty Images)

Lockdown: duas cidade do Rio de Janeiro já adotaram o isolamento total. (Luis Alvarenga/Getty Images)

CC

Clara Cerioni

Publicado em 15 de maio de 2020 às 18h50.

Última atualização em 15 de maio de 2020 às 19h15.

No dia em que o Brasil perdeu o segundo ministro da Saúde em um mês, o país registra 218.223 pessoas infectadas e 14.817 mortes por coronavírus. Os dados foram atualizados pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira, 15. Em 24 horas foram confirmados mais 15.305 casos, a maior alta até o momento, e 824 óbitos. Já se recuperaram da doença 84.970 pessoas.

O Brasil ocupa a sexta posição entre os mais afetados pela doença no mundo, depois de passar a França e a Alemanha nesta semana. O ranking é atualizado pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.

Saída de Teich

Em meio a escalada dos números da doença, Nelson Teich, pediu exoneração do cargo nesta sexta-feira, após conflitos com o presidente Jair Bolsonaro envolvendo protocolos de recomendação da cloroquina.

A decisão do médico veio menos de um mês após ele aceitar o cargo, substituindo Luiz Henrique Mandetta, demitido em 16 de abril.

O general Eduardo Pazuello, hoje número dois da Saúde e já cotado para substituir Teich, assume o cargo interinamente. O general deve liberar a prescrição da cloroquina, hoje restrita a pacientes em casos graves da covid-19.

Em pronunciamento após a demissão, Teich afirmou quee deu o melhor de si durante a gestão e que “não é simples estar no ministério neste período”. “A vida é feita de escolhas e hoje eu escolhi sair”, afirmou.

Ele, no entanto, não explicou os motivos pelos quais decidiu pedir demissão. Disse que havia aceitado ser ministro da Saúde porque “queria ajudar o Brasil e as pessoas”. “Não aceitei o convite pelo cargo.”

Situação nos estados

Com 58.378 pessoas infectadas e 4.501 mortes por coronavírus, o estado de São Paulo não descarta a medida de isolamento total. Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, 15, o governador João Doria (PSDB) disse que caso haja necessidade, a determinação será regional.

"Nos protocolos do comitê de saúde existe o lockdown local e regional. Mas neste momento ele não vai ser aplicado. Estamos avaliando isso dia a dia, com cuidado e com atenção", disse Doria.

O governador do Pará, Hélder Barbalho (MDB), anunciou nesta sexta, a prorrogação do lockdown imposto sobre dez cidades do estado, incluindo a capital Belém. O isolamento total, que se encerraria no domingo, 17, valerá até o dia 24 de maio. O estado tem 12.109 pessoas infectadas e 1.145 mortes por covid-19.

O Rio de Janeiro, o terceiro estado com mais casos no país, tem quase 20 mil pessoas infectadas pelo coronavírus. O total de vítimas é de 2.438. Duas cidades fluminenses já adotaram o isolamento total. Niterói está em lockdown até o dia 20 de maio e São Gonçalo até o fim do mês.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusMinistério da Saúde

Mais de Brasil

Posso tirar o nome do meu pai/mãe da certidão de nascimento?

Lewandowski limita atuação da PRF em operações fora de rodovias

Em balanço, Tarcísio diz que SP vai atrair R$ 1 trilhão e que desvios de PMs serão punidos

Não vamos dar isenção de IPVA para carro que vai ser produzido na Bahia ou no exterior, diz Tarcísio