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Casal suspeito de mega-assalto em Criciúma (SC) é preso em Campinas

A prisão foi realizada por agentes da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e do 1º Batalhão de Ações Especiais de Polícia de Campinas

Dinheiro espalhado pelo chão após assalto em Criciúma: Santa Catarina teve cinco roubos a banco nesse primeiro semestre de 2020 e 16 no ano passado (CAIO MARCELLO/AGIF/Estadão Conteúdo)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de dezembro de 2020 às 14h41.

Policiais Militares prenderam nesta quinta-feira, 3, em Campinas no interior de São Paulo, um casal suspeito de participar do mega-assalto ao Banco do Brasil em Criciúma, o maior já registrado em Santa Catarina , no início desta semana. Os investigadores ainda procuram um terceiro suspeito que teria sido delatado pelo casal.

A prisão foi realizada por agentes da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e do 1º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), de Campinas. O homem, identificado como Eduardo, teria entrado no radar dos policiais após abastecer um dos veículos usado no roubo. Ele foi pego em flagrante ao lado da mulher, Sheila.

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Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), os agentes encontraram de calibre .38 e 9mm, uma carteira de identificação da Polícia Civil, uniforme e mandados de prisão falsos na casa dos suspeitos.

Os policiais também foram à residência da terceira pessoa apontada pelo casal. Lá, teriam achado uma bisnaga com artefato explosivo, além um carregador de fuzil com dez munições.

O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da PM, foi acionado para desativar o explosivo. O flagrante foi registrado no Departamento de Investigações Criminais (Deic), na capital paulista.

Na quarta-feira, outras sete pessoas já haviam sido presas no Rio Grande do Sul, por suposta ligação com o assalto. Três foram detidos em Torres, dois em Porto Alegre e mais dois em Gramado.

Quadrilha tinha ao menos 30 pessoas

Segundo a Polícia Civil de Santa Catarina, a quadrilha responsável pelo ataque em Criciúma era formada por ao menos 30 criminosos. Fortemente armado, o grupo usou explosivos e fuzis .556, .762 e .50, capaz de varar blindados e derrubar aeronaves.

O assalto aconteceu na madrugada de terça-feira, 1º, e durou cerca de 2 horas. O primeiro ato dos bandidos foi atacar a sede do 9º Batalhão da Polícia Militar, em Criciúma, para retardar a reação da polícia.

Para fechar entradas da cidade, os criminosos queimaram um veículo no túnel que liga a cidade a Tubarão, bloqueando o contato terrestre com a capital Florianópolis, e obrigaram reféns a sentar no meio da rua, formando uma espécie de "escudo humano" contra a ação policial, nas proximidades da agência.

"Criciúma viveu algo surreal, um momento de terror aqui na nossa cidade. Nem nos piores momentos da nossa imaginação passamos por algo tão dramático", disse o prefeito Clésio Salvaro (PSDB), na ocasião. "Se o propósito dos bandidos era vir aqui e roubar dinheiro, eles conseguiram. Se era causar terror, eles conseguiram. Mas a vida sempre está no primeiro plano e elas foram preservadas."

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