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Carlos Wizard Martins assume secretaria de ciência do Ministério da Saúde

Empresário, que foi convidado por João Dória para disputar a prefeitura de Campinas, disse à Exame que não tem pretensões políticas

Carlos Wizard: no ano passado, o empresário participou de uma missão humanitária para ajudar refugiados venezuelanos (Miguel Schincariol/AFP)

Carlos Wizard: no ano passado, o empresário participou de uma missão humanitária para ajudar refugiados venezuelanos (Miguel Schincariol/AFP)

RC

Rodrigo Caetano

Publicado em 1 de junho de 2020 às 15h46.

Última atualização em 1 de junho de 2020 às 16h45.

O bilionário Carlos Wizard Martins, dono do Grupo Sforza, holding que reúne cerca de 20 empresas, vai assumir a secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos em Saúde (SCTIE) do Ministério da Saúde. A assessoria de imprensa do empresário confirmou a informação. 

Wizard já atuava como conselheiro do ministério desde o final de maio e vinha se reunindo com a equipe do ministro interino, general Eduardo Pazuello. A pasta segue sem titular desde a saída de Nelson Teich, que ocorreu dias antes de Wizard iniciar a sua colaboração. 

Fundador da escola de inglês Wizard, vendida para o grupo britânico Pearson por 2 bilhões de reais, atualmente o empresário atua nas áreas de fast food, com as redes Pizza Hut, KFC e Taco Bells; de alimentação saudável, com a rede Mundo Verde; e também no setor de educação, com a escola de inglês Wise Up, que controla em sociedade com o empresário Flávio Augusto da Silva

Em entrevista recente à Exame, Wizard declarou que foi convidado por João Dória para disputar a prefeitura de Campinas, no interior de São Paulo, onde mora. O empresário, no entanto, disse que declinou o convite e que não tem pretensões políticas. Wizard ainda afirmou que é amigo de Dória, atualmente um dos principais adversários políticos do presidente Jair Bolsonaro. 

Sobre a pandemia, Wizard manifestou alinhamento com as ideias do presidente de aliviar a quarentena. “Não faz sentido Brasília, ou seja quem for, fechar escola, indústria e comércio onde não há casos”, disse o empresário. “Precisamos analisar caso a caso, não pode ser linear, com uma regra única do Oiapoque ao Chuí”.

No ano passado, Wizard e sua esposa se mudaram para Roraima, onde participaram de uma missão humanitária junto a refugiados venezuelanos. O empresário ajudou a acolher os venezuelanos na fronteira e encaminhá-los para outras cidades, no interior do País. Ele auxiliou cerca de 12 mil refugiados a se estabelecerem em cidades das regiões Sul e Sudeste.   

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