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Cardozo nega que comandará campanha de Dilma

Nas últimas eleições presidenciais, ministro compôs o comando de campanha do PT ao lado de Antônio Palocci e do então presidente da legenda, José Eduardo Dutra

José Eduardo Cardozo: (Elza Fiuza/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2014 às 15h39.

Brasília - Integrante da coordenação de campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta sexta-feira, 05, não haver nenhuma previsão para que ele deixe a pasta e passe a integrar o grupo que coordena a campanha deste ano que busca a reeleição de Dilma.

Nas últimas eleições presidenciais, o ministro compôs o comando de campanha do PT ao lado de Antônio Palocci e do então presidente da legenda, José Eduardo Dutra.

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Na ocasião, o grupo ganhou a alcunha de "três porquinhos".

"O Ministério da Justiça tem muitas atividades desenvolvidas nesse período eleitoral e minha ideia é permanecer tocando essas atividades. Ou seja, sou um porquinho fora da campanha", disse após participar da divulgação das ações realizadas pelo Brasil Integrado, em Brasília.

"Se obviamente for solicitado a participar da coordenação da campanha não terei nenhuma preocupação em me licenciar e fazer. Mas creio que isso não será necessário", completou.

Sem contar com a participação de Cardozo, a presidente Dilma montou uma força-tarefa para desconstruir a candidatura de Marina Silva (PSB), sua principal adversária até agora.

A partir da semana que vem, os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário) e Ricardo Berzoini (Relações Institucionais) devem se afastar do governo para integrar a coordenação da campanha de Dilma e ajudar a presidente a conquistar apoio em setores onde ela enfrenta resistência, como a Igreja Católica e o agronegócio.

Brasil Integrado

O ministro divulgou nesta sexta-feira alguns dados da primeira operação do projeto piloto Brasil Integrado - Ação Nordeste.

De acordo com o Ministério da Justiça, em três dias de operação (2,3 e 4 de setembro), foram feitas mais de 67 mil abordagens e 984 barreiras policiais, resultando na apreensão de 5,2 toneladas de explosivos, 1.405 munições, 107 armas de fogo e 166 veículos, além de 374 prisões.

Durante a operação, em relação ao mesmo período do ano passado, os roubos a banco registraram queda de 98,63%, o homicídio doloso teve redução de 25,23% e o roubo veicular caiu 32,20%.

Participaram das ações agentes da Policia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros e Exército.

Antes do projeto piloto ser realizado nos Estados do Nordeste, o as iniciativas de integração entre as forças policiais foram colocadas em prática durante a Copa do Mundo, no último mês de julho.

Segundo o ministro, a ideia é fazer novas operações nas fronteiras até o final do ano. Ele não deu, entretanto, previsão de quando o projeto deverá ser expandido para todo o País. Cardozo não descartou, porém, que a iniciativa possa ser usada pela campanha à reeleição da presidente Dilma.

"Essa é uma operação que envolveu todos os Estados, aquelas candidaturas proporcionais e majoritárias que quiserem defender esse tipo de postura, que utilizem. É publico. Claro que quem achar que a integração é uma alternativa, deve utilizar, deve defender, e quem achar que está errado, que ataque. É próprio da democracia", ressaltou.

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