Cardozo diz que é legítima "indignação com a corrupção"
O ministro da Justiça defendeu que os atos têm "caráter democrático"
Da Redação
Publicado em 16 de março de 2015 às 14h26.
Brasília e São Paulo - O ministro da Justiça , José Eduardo Cardozo (PT), afirmou nesta segunda-feira, 16, que é "legítima indignação dos brasileiros com a corrupção ", uma das principais motivações, segundo ele, dos massivos protestos realizados ontem contra a presidente Dilma Rousseff em diversas cidades do País.
A exemplo do que fez em coletiva de imprensa ontem, após as manifestações, Cardozo defendeu que os atos têm "caráter democrático" e disse que os governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma deram condições para que as investigações de malfeitos fossem conduzidas com independência e "transparência".
De acordo com ele, esse novo cenário de autonomia dos órgãos de controle fez com que a população tomasse conhecimento das denúncias, o que antes não acontecia.
"O governo vai continuar apoiando as investigações e reafirma que, sem que se façam prejulgamentos, os que praticaram os atos ilícitos terão investigações imparciais para chegar ao que a população deseja, a punição."
Declarou também que "(O governo) irá se empenhar em melhorar as instituições brasileiras, tomando medidas para combater a impunidade", declarou.
O ministro da Justiça participou nesta manhã de uma reunião da coordenação política de Dilma para debater a crise política, aumentada pelos protestos de ontem.
Estiveram presentes o vice-presidente Michel Temer e os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Jaques Wagner (Defesa), Gilberto Kassab (Cidades), Eliseu Padilha (Aviação Civil), Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia) e Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), além de Cardozo e de Eduardo Braga (Minas e Energia). Giles Azevedo, um dos assessores mais próximos de Dilma, também participou.
Pacote
Cardozo reafirmou que Dilma encaminhará até o final da semana o pacote de medidas anticorrupção prometido na campanha, como um projeto que torna crime a prática de "caixa 2".
Segundo ele, o governo está inteiramente aberto ao diálogo com o Congresso Nacional e com todas as forças sociais.
Ele disse que o Planalto vai buscar esse debate tanto com aqueles que apoiam a presidente Dilma quanto com os que fazem oposição a ela.
"Estamos abertos a debater com a sociedade brasileira todas e quaisquer sugestões que sejam colocadas para nós. É fundamental que nesta hora busquemos encontrar nossas convergências. O Brasil precisa se tolerar e construir alternativas para que possamos atuar bem no campo econômico e político."
Ele também pediu que a sociedade brasileira reaja aos que defendem o "quanto pior melhor".
"Os brasileiros e as brasileiras têm de reagir a isso. As pessoas que têm responsabilidade com o País devem neste momento estar juntas".
Afif Domingos
O ministro Guilherme Afif Domingos, responsável pela Secretaria da Micro e Pequena Empresa, reconheceu a importância das manifestações públicas realizadas ontem em diversas cidades pelo País.
"O movimento de rua é saudável e há pressão por mudança", afirmou, em evento com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), na capital paulista. "Vamos enfrentá-la dentro da democracia e do diálogo", completou.
Brasília e São Paulo - O ministro da Justiça , José Eduardo Cardozo (PT), afirmou nesta segunda-feira, 16, que é "legítima indignação dos brasileiros com a corrupção ", uma das principais motivações, segundo ele, dos massivos protestos realizados ontem contra a presidente Dilma Rousseff em diversas cidades do País.
A exemplo do que fez em coletiva de imprensa ontem, após as manifestações, Cardozo defendeu que os atos têm "caráter democrático" e disse que os governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma deram condições para que as investigações de malfeitos fossem conduzidas com independência e "transparência".
De acordo com ele, esse novo cenário de autonomia dos órgãos de controle fez com que a população tomasse conhecimento das denúncias, o que antes não acontecia.
"O governo vai continuar apoiando as investigações e reafirma que, sem que se façam prejulgamentos, os que praticaram os atos ilícitos terão investigações imparciais para chegar ao que a população deseja, a punição."
Declarou também que "(O governo) irá se empenhar em melhorar as instituições brasileiras, tomando medidas para combater a impunidade", declarou.
O ministro da Justiça participou nesta manhã de uma reunião da coordenação política de Dilma para debater a crise política, aumentada pelos protestos de ontem.
Estiveram presentes o vice-presidente Michel Temer e os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Jaques Wagner (Defesa), Gilberto Kassab (Cidades), Eliseu Padilha (Aviação Civil), Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia) e Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), além de Cardozo e de Eduardo Braga (Minas e Energia). Giles Azevedo, um dos assessores mais próximos de Dilma, também participou.
Pacote
Cardozo reafirmou que Dilma encaminhará até o final da semana o pacote de medidas anticorrupção prometido na campanha, como um projeto que torna crime a prática de "caixa 2".
Segundo ele, o governo está inteiramente aberto ao diálogo com o Congresso Nacional e com todas as forças sociais.
Ele disse que o Planalto vai buscar esse debate tanto com aqueles que apoiam a presidente Dilma quanto com os que fazem oposição a ela.
"Estamos abertos a debater com a sociedade brasileira todas e quaisquer sugestões que sejam colocadas para nós. É fundamental que nesta hora busquemos encontrar nossas convergências. O Brasil precisa se tolerar e construir alternativas para que possamos atuar bem no campo econômico e político."
Ele também pediu que a sociedade brasileira reaja aos que defendem o "quanto pior melhor".
"Os brasileiros e as brasileiras têm de reagir a isso. As pessoas que têm responsabilidade com o País devem neste momento estar juntas".
Afif Domingos
O ministro Guilherme Afif Domingos, responsável pela Secretaria da Micro e Pequena Empresa, reconheceu a importância das manifestações públicas realizadas ontem em diversas cidades pelo País.
"O movimento de rua é saudável e há pressão por mudança", afirmou, em evento com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), na capital paulista. "Vamos enfrentá-la dentro da democracia e do diálogo", completou.