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Cardozo alertou Janot sobre ameaças à sua segurança

Segundo fontes ouvidas pela reportagem, a inteligência do Ministério da Justiça detectou que a segurança de Janot vem sendo ameaçada

Rodrigo Janot: medidas adicionais de segurança foram tomadas já na manhã desta quinta-feira (Antonio Cruz/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2015 às 15h36.

Brasília - Um dos motivos que levou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a encontrar na noite desta quarta-feira, 25, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi uma alerta sobre a segurança do procurador.

Segundo fontes ouvidas pela reportagem, a inteligência do Ministério da Justiça detectou que a segurança de Janot vem sendo ameaçada.

Medidas adicionais de segurança foram tomadas já na manhã desta quinta-feira, 26, e também foi recomendado ao procurador que ele deixe de fazer viagens em voos comerciais para reforçar sua integridade física.

O encontro foi confirmado nesta manhã por Cardozo, que, contudo, negou ter tratado sobre os desdobramentos da Operação Lava Jato com o procurador e não mencionou as questões relacionadas à segurança do procurador.

Oficialmente, o Ministério da Justiça e a Procuradoria-Geral da República não confirmam esta como a razão do encontro.

É de praxe que assuntos ligados à segurança não sejam divulgados.

O Estado apurou que o ministro relatou recentemente que ele próprio tem sofrido perseguições.

Segundo ele, foi discutida a criação de uma vice-procuradoria de combate à corrupção.

O governo federal prepara um pacote com medidas legislativas e administrativas para endurecer a luta contra desvios públicos.

Cardozo tem se encontrado com frequência com o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, para tratar do assunto.

Fontes dizem que o assunto ainda está em fase embrionária e que foi apenas uma temática "acessória" do encontro entre Janot e Cardozo.

O encontro não constou das agendas oficiais de nenhuma das autoridades.

Ao fim de um evento com secretários de Segurança Pública do país na manhã de hoje, Cardozo disse que a reunião já havia sido marcada há algum tempo para tratar de "medidas legislativas de combate à corrupção", uma das promessas de campanha da presidente Dilma Rousseff.

"Eu estou preparando um conjunto de medidas por determinação da presidente da República acerca do enfrentamento da corrupção e uma delas, que já tinha sido objeto de uma conversa anterior com o doutor Rodrigo Janot, ao menos sinalizada, diz respeito a uma atividade comum entre o Executivo e o Ministério Público Federal", declarou o ministro.

A reunião entre Cardozo e Janot acontece menos de um mês após o ministro ter recebido advogados da construtora Odebrecht, citada no escândalo que envolve a Petrobras.

Além disso, a expectativa é de que Janot envie nos próximos dias ao Supremo Tribunal Federal (STF) a lista com o nome de parlamentares que serão investigados na Operação Lava Jato.

No início da semana, a previsão era de que os pedidos de abertura de inquérito ou oferta de denúncia chegassem até sexta-feira, agora o governo começa a trabalhar com o prazo de segunda ou terça-feira, embora Janot viesse falando que pretendia concluir o trabalho da procuradoria até o fim de fevereiro.

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Brasília - Um dos motivos que levou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a encontrar na noite desta quarta-feira, 25, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi uma alerta sobre a segurança do procurador.

Segundo fontes ouvidas pela reportagem, a inteligência do Ministério da Justiça detectou que a segurança de Janot vem sendo ameaçada.

Medidas adicionais de segurança foram tomadas já na manhã desta quinta-feira, 26, e também foi recomendado ao procurador que ele deixe de fazer viagens em voos comerciais para reforçar sua integridade física.

O encontro foi confirmado nesta manhã por Cardozo, que, contudo, negou ter tratado sobre os desdobramentos da Operação Lava Jato com o procurador e não mencionou as questões relacionadas à segurança do procurador.

Oficialmente, o Ministério da Justiça e a Procuradoria-Geral da República não confirmam esta como a razão do encontro.

É de praxe que assuntos ligados à segurança não sejam divulgados.

O Estado apurou que o ministro relatou recentemente que ele próprio tem sofrido perseguições.

Segundo ele, foi discutida a criação de uma vice-procuradoria de combate à corrupção.

O governo federal prepara um pacote com medidas legislativas e administrativas para endurecer a luta contra desvios públicos.

Cardozo tem se encontrado com frequência com o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, para tratar do assunto.

Fontes dizem que o assunto ainda está em fase embrionária e que foi apenas uma temática "acessória" do encontro entre Janot e Cardozo.

O encontro não constou das agendas oficiais de nenhuma das autoridades.

Ao fim de um evento com secretários de Segurança Pública do país na manhã de hoje, Cardozo disse que a reunião já havia sido marcada há algum tempo para tratar de "medidas legislativas de combate à corrupção", uma das promessas de campanha da presidente Dilma Rousseff.

"Eu estou preparando um conjunto de medidas por determinação da presidente da República acerca do enfrentamento da corrupção e uma delas, que já tinha sido objeto de uma conversa anterior com o doutor Rodrigo Janot, ao menos sinalizada, diz respeito a uma atividade comum entre o Executivo e o Ministério Público Federal", declarou o ministro.

A reunião entre Cardozo e Janot acontece menos de um mês após o ministro ter recebido advogados da construtora Odebrecht, citada no escândalo que envolve a Petrobras.

Além disso, a expectativa é de que Janot envie nos próximos dias ao Supremo Tribunal Federal (STF) a lista com o nome de parlamentares que serão investigados na Operação Lava Jato.

No início da semana, a previsão era de que os pedidos de abertura de inquérito ou oferta de denúncia chegassem até sexta-feira, agora o governo começa a trabalhar com o prazo de segunda ou terça-feira, embora Janot viesse falando que pretendia concluir o trabalho da procuradoria até o fim de fevereiro.

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