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Capitão do Exército se cala ante Comissão da Verdade

Jurandyr Oschendorf e Souza se manteve calado durante o seu depoimento

Jurandyr Ochsendorf durante mutirão de depoimentos de agentes da repressão da ditadura militar (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Jurandyr Ochsendorf durante mutirão de depoimentos de agentes da repressão da ditadura militar (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2014 às 18h34.

Rio - O capitão do Exército Jurandyr Oschendorf e Souza se manteve calado durante depoimento à Comissão Nacional da Verdade (CNV). "Vou me manter calado. Nada a declarar", disse ao coordenador da CNV, Pedro Dallari.

O advogado Rodrigo Roca, que também defende o general reformado Nilton Cerqueira e Jacy Oschendorf (que prestaram depoimento mais cedo), afirmou que orientou seus clientes a permanecerem calados.

"Acredito no trabalho da Comissão, mas o açodamento de alguns declarantes acaba induzindo a Comissão a erro, como na questão da fotografia do coronel (Freddie) Perdigão".

Na semana passada o delegado Claudio Guerra afirmou que uma das pessoas na foto do acidente de carro que matou a estilista Zuzu Angel, em 1976, seria o coronel Freddie Perdigão.

"Senhor Presidente, não era ele na fotografia. Isso foi um erro histórico", completou Roca.

O advogado alega que "esse engano provocou um transtorno para os familiares e companheiros de farda" de Perdigão e que a informação é "uma inverdade que a população acredita ser verdadeira".

"É por essa razão que eles estão ficando em silêncio." Roca também alega que as informações dadas por seus clientes à CNV têm sido usadas em ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) por crimes cometidos durante a ditadura militar.

O coordenador Pedro Dallari disse que o silêncio dos militares "é uma manifestação completamente contraditória, porque, se há um erro, o erro só pode ser corrigido com depoimentos, com elementos, com documentos e não com o silêncio".

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