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Capa da IstoÉ é baixa e reproduz misoginia, diz Dilma

A presidente Dilma Rousseff classificou a matéria como “peça de ficção” para “me ofender justamente por ser mulher”

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	Dilma Rousseff: “é um texto muito baixo, que reproduz um tipo perverso de misoginia para dizer que quando uma mulher está sob pressão costuma perder o controle"
 (Lula Marques/ Agência PT/Fotos Públicas)

Dilma Rousseff: “é um texto muito baixo, que reproduz um tipo perverso de misoginia para dizer que quando uma mulher está sob pressão costuma perder o controle" (Lula Marques/ Agência PT/Fotos Públicas)

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Grasielle Castro

Publicado em 7 de abril de 2016 às, 21h12.

A mulher tem duas opções para reagir, ou ela é autista (com respeito aos autistas) ou é descontrolada.

Foi basicamente isto que a presidente Dilma Rousseff entendeu que a revista IstoÉ quis dizer com a reportagem publicada no último fim de semana.

No texto, intitulado "As Explosões Nervosas da Presidente", a publicação retrata a presidente como uma autoridade desequilibrada e sem condições emocionais de comandar o país no atual período de crise do governo.

Em cerimônia no Palácio do Planalto com mulheres em defesa da democracia, a presidente Dilma Rousseff classificou a matéria como “peça de ficção” para “me ofender justamente por ser mulher”.

“É um texto muito baixo, que reproduz um tipo perverso de misoginia para dizer que quando uma mulher está sob pressão costuma perder o controle. Isto vem tentando ser feito há muito tempo. Ninguém nunca pergunta para um homem se ele está sob pressão, se está nervoso.
A revista levantou que eu reajo com descontrole. Então, a mulher só tem duas opções, ou ela é autista ou é descontrolada."

A mulher tem duas opções para reagir, ou ela é autista (com respeito aos autistas) ou é descontrolada.

Foi basicamente isto que a presidente Dilma Rousseff entendeu que a revista IstoÉ quis dizer com a reportagem publicada no último fim de semana. No texto, intitulado "As Explosões Nervosas da Presidente", a publicação retrata a presidente como uma autoridade desequilibrada e sem condições emocionais de comandar o país no atual período de crise do governo.

Em cerimônia no Palácio do Planalto com mulheres em defesa da democracia, a presidente Dilma Rousseff classificou a matéria como “peça de ficção” para “me ofender justamente por ser mulher”.

“É um texto muito baixo, que reproduz um tipo perverso de misoginia para dizer que quando uma mulher está sob pressão costuma perder o controle. Isto vem tentando ser feito há muito tempo. Ninguém nunca pergunta para um homem se ele está sob pressão, se está nervoso.
A revista levantou que eu reajo com descontrole. Então, a mulher só tem duas opções, ou ela é autista ou é descontrolada."
A presidente ressaltou que tem “imenso respeito pelos autistas”, que não vê isso como uma “acusação, mas como um desrespeito” e classificou a abordagem de “machista”.

No desabafo, a presidente disse que, quando esteve presa, sempre manteve controle, o eixo sobretudo a esperança. Ela lembrou que enfrentou um câncer e que sempre teve em mente que é preciso enfrentar para superar. “Estou enfrentando desde a minha eleição a sabotagem de forças contrárias”, ementou.

No fim do discurso, ela disse que aprendeu a lutar pelos que ela ama, pelo País. Ressaltou que é uma pessoa doce, decidida e faz o que for preciso para lutar contra a desigualdade de gênero e igualdade de oportunidades.

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