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Cantareira tem quinta queda em dez dias

O manancial perdeu 0,1 ponto porcentual e tem agora 19,6% de água represada nesta sexta-feira


	Cantareira: o sistema chegou a ficar 85 dias sem queda, mas registrou perda de volume
 (Arquivo/Agência Brasil)

Cantareira: o sistema chegou a ficar 85 dias sem queda, mas registrou perda de volume (Arquivo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2015 às 10h55.

São Paulo - O Sistema Cantareira voltou a cair e registra sua quinta perda de volume nos últimos 10 dias. O manancial perdeu 0,1 ponto porcentual e tem agora 19,6% de água represada nesta sexta-feira, 8.

É o que revelam os dados diários da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Já o Sistema Rio Claro teve nesta quinta-feira, 7, 28,6 mm de chuvas - mais de 1/3 da média histórica para o mês - e registrou aumento de 0,9 ponto porcentual - está em 52,3%.

O Cantareira chegou a ficar 85 dias sem queda, mas registrou perda de volume, no dia 28 de abril, pela primeira vez desde fevereiro. De lá para cá, também ocorreram perdas nos dias 30 de abril, além de 2 e 4 de maio.

O nível do manancial subiu pela última vez em 21 de abril. Esse índice, tradicionalmente divulgado pela Sabesp, leva em conta duas cotas de volume morto, de 182,5 bilhões de litros de água e de 105 bilhões de litros, adicionadas no ano passado.

Houve chuva de 2 milímetros na região no período. Nesta semana, o total acumulado é de 6,6 mm. A média histórica para o mês é de 78,2 mm.

Segundo o cálculo que considera o volume negativo, que passou a ser divulgado pela Sabesp em abril após ordem judicial, o Sistema Cantareira também caiu e está em -9,7%.

Já de acordo com um terceiro conceito, o manancial continua operando com 15,2% da capacidade. Esse cálculo leva em consideração todo o volume armazenado dividido pelo volume útil acrescido das duas cotas de volume morto.

Volume morto

Documento obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo mostrou que a Sabesp poderia ter evitado uso do volume morto do Cantareira. O ofício assinado pelo presidente da Sabesp, Jerson Kelman, reconhece que era possível ter operado o Sistema Cantareira de forma mais segura nos últimos três anos e evitado a captação do volume morto do manancial e amenizado o atual racionamento de água na região metropolitana.

Outros mananciais

Além do Rio Claro, o Sistema Guarapiranga também registrou aumento e opera com 81,1% - 0,2 ponto porcentual a mais do que no dia anterior. Alto Cotia (65,3%), Rio Grande (94,6%) e Alto Tietê (22,5%) registraram perdas de 0,2 ponto porcentual.

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