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Cantareira tem melhor início de estiagem em 7 anos

Desde 2008, o manancial não registrava uma sequência de aumentos da capacidade a partir de maio, quando praticamente para de chover na região das represas

Cantareira: ontem, o Cantareira chegou a 20,2% da capacidade (Divulgação/Sabesp)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2015 às 12h13.

São Paulo - O Sistema Cantareira registrou, na sexta-feira, 6, a sexta alta consecutiva e completou dez dias sem queda em seu estoque de água em pleno período seco, conforme dados divulgados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo ( Sabesp ).

Desde 2008, o manancial não registrava uma sequência de aumentos da capacidade a partir de maio, quando praticamente para de chover na região das represas.

Ontem, o Cantareira chegou a 20,2% da capacidade, considerando as duas cotas do volume morto dos reservatórios, alta de 0,1 ponto porcentual em relação ao dia anterior. No início de maio, o nível estava em 19,9%.

Na prática, se considerar a reserva profunda usada como negativa, como defende o Ministério Público, o sistema operava ontem com 9,1% abaixo de zero, o nível mínimo dos túneis de captação. Esse índice já foi de -23% no início de fevereiro.

Além da chuva - nos últimos oito dias choveu mais de 60% do esperado em um mês -, que fez a vazão afluente ao Cantareira dobrar no início de junho (23,8 mil litros por segundo) em relação à média de maio (11,2 mil l/s), também contribuiu para a incomum recuperação do sistema nesta época do ano uma redução de 1,3 mil l/s na retirada de água das represas para abastecer parte da Grande São Paulo e do interior.

Só a Sabesp reduziu a produção de água do manancial para a região metropolitana de 13,4 mil l/s em maio para 12,8 mil l/s neste início de junho. Nesta semana, a companhia anunciou a transferência de mais 500 l/s do Sistema Rio Claro para bairros da zona leste da capital que ainda eram atendidos pelo Cantareira, como Mooca, Sapopemba e São Mateus.

Com isso, a cobertura do manancial na Grande São Paulo caiu para 5,2 milhões de pessoas, 200 mil a menos. Antes do início declarado da crise, em janeiro de 2014, o Cantareira atendia 8,8 milhões de pessoas, produzindo 32 mil l/s.

Mais de 40% da redução foi obtida graças ao racionamento feito por meio da diminuição da pressão e do fechamento manual da rede, segundos dados do mês de abril, manobras que têm deixado várias regiões sem água durante a maior parte do dia.

Campinas

Para o interior, onde aproximadamente 5,5 milhões de pessoas são abastecidas de forma direta e indireta pelo Cantareira na região de Campinas, o volume liberado das represas caiu de 1,7 mil l/s em maio para 700 l/s no início deste mês graças às chuvas que caíram na região e encheram os rios.

A tendência, contudo, é que a liberação de água volte a subir nos meses de estiagem, marcados por queda significativa na vazão dos rios.

Tradicionalmente, a recarga do Cantareira ocorre entre outubro e março, na estação chuvosa, para garantir o abastecimento na estiagem. Neste ano, contudo, o nível só voltou a subir em fevereiro e, desde 2008, não se observava aumento da capacidade durante a estiagem.

Há sete anos, a elevação entre maio e 5 de junho foi de 3,7 pontos porcentuais, chegando a 64,1% sem volume morto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - O Sistema Cantareira registrou, na sexta-feira, 6, a sexta alta consecutiva e completou dez dias sem queda em seu estoque de água em pleno período seco, conforme dados divulgados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo ( Sabesp ).

Desde 2008, o manancial não registrava uma sequência de aumentos da capacidade a partir de maio, quando praticamente para de chover na região das represas.

Ontem, o Cantareira chegou a 20,2% da capacidade, considerando as duas cotas do volume morto dos reservatórios, alta de 0,1 ponto porcentual em relação ao dia anterior. No início de maio, o nível estava em 19,9%.

Na prática, se considerar a reserva profunda usada como negativa, como defende o Ministério Público, o sistema operava ontem com 9,1% abaixo de zero, o nível mínimo dos túneis de captação. Esse índice já foi de -23% no início de fevereiro.

Além da chuva - nos últimos oito dias choveu mais de 60% do esperado em um mês -, que fez a vazão afluente ao Cantareira dobrar no início de junho (23,8 mil litros por segundo) em relação à média de maio (11,2 mil l/s), também contribuiu para a incomum recuperação do sistema nesta época do ano uma redução de 1,3 mil l/s na retirada de água das represas para abastecer parte da Grande São Paulo e do interior.

Só a Sabesp reduziu a produção de água do manancial para a região metropolitana de 13,4 mil l/s em maio para 12,8 mil l/s neste início de junho. Nesta semana, a companhia anunciou a transferência de mais 500 l/s do Sistema Rio Claro para bairros da zona leste da capital que ainda eram atendidos pelo Cantareira, como Mooca, Sapopemba e São Mateus.

Com isso, a cobertura do manancial na Grande São Paulo caiu para 5,2 milhões de pessoas, 200 mil a menos. Antes do início declarado da crise, em janeiro de 2014, o Cantareira atendia 8,8 milhões de pessoas, produzindo 32 mil l/s.

Mais de 40% da redução foi obtida graças ao racionamento feito por meio da diminuição da pressão e do fechamento manual da rede, segundos dados do mês de abril, manobras que têm deixado várias regiões sem água durante a maior parte do dia.

Campinas

Para o interior, onde aproximadamente 5,5 milhões de pessoas são abastecidas de forma direta e indireta pelo Cantareira na região de Campinas, o volume liberado das represas caiu de 1,7 mil l/s em maio para 700 l/s no início deste mês graças às chuvas que caíram na região e encheram os rios.

A tendência, contudo, é que a liberação de água volte a subir nos meses de estiagem, marcados por queda significativa na vazão dos rios.

Tradicionalmente, a recarga do Cantareira ocorre entre outubro e março, na estação chuvosa, para garantir o abastecimento na estiagem. Neste ano, contudo, o nível só voltou a subir em fevereiro e, desde 2008, não se observava aumento da capacidade durante a estiagem.

Há sete anos, a elevação entre maio e 5 de junho foi de 3,7 pontos porcentuais, chegando a 64,1% sem volume morto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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