Brasil

Candidatos ao Planalto ressaltam na TV educação e saúde

O ataque à principal concorrente da presidente Dilma Rousseff, Marina Silva (PSB), aconteceu apenas no fim do programa, por uma das apresentadoras


	Dilma: candidata apareceu falando dos avanços na educação nos 12 anos de gestão do PT
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Dilma: candidata apareceu falando dos avanços na educação nos 12 anos de gestão do PT (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2014 às 15h15.

São Paulo - O programa eleitoral do PT na televisão trouxe um tom propositivo nesta quinta-feira, 04, focando em educação. O ataque à principal concorrente da presidente Dilma Rousseff, Marina Silva (PSB), aconteceu apenas no fim do programa, por uma das apresentadoras, que se referiu a Marina como "certa candidata" que se coloca contra o pré-sal. 

Na sequência, o locutor repetiu o bordão "quem é contra o pré-sal é contra o Brasil".

A série de imagens associando Marina a Jânio Quadros e a Fernando Collor, usada na última terça-feira, 2, não apareceu no programa petista.

A candidata à reeleição apareceu falando dos avanços na educação nos 12 anos de gestão do PT.

O programa falou de educação desde a pré-escola ao ensino superior, passando pelo ensino básico e o técnico.

"Nem todos conseguem ou querem ver, mas já lançamos as bases para uma grande transformação na qualidade do ensino".

Foram mencionadas também metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação, como a alfabetização na idade certa, ter 100% das crianças a partir de 4 anos de idade na pré-escola e 50% de escolas com ensino em tempo integral até 2016.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apareceu no programa repetindo o seu discurso tradicional de que, em 500 anos, os presidentes brasileiros não apresentaram o que as gestões dele e de Dilma fizeram pela educação no país.

"Até pouco tempo atrás, a educação era vista como direito de poucos e boa parte dos presidentes concordava com isso", disse Lula.

PSB

A presidenciável do PSB, Marina Silva, usou a primeira fala de seu programa para rebater rapidamente os ataques dos seus adversários na disputa ao Palácio do Planalto.

"Não vamos desperdiçar nosso tempo com ataques e agressões como fazem os adversários", afirmou e repetiu seu discurso de manter conquistas do passado com "olhar para o futuro".

Marina apareceu, então, falando de propostas e adotando um tom explicativo de como elas são factíveis - no debate de segunda-feira, a primeira pergunta de Dilma a Marina era sobre como fazer caber no orçamento as propostas que a pessebista vem fazendo.

Sobre ensino integral, disse que seu governo irá implantá-lo primeiramente para o Ensino Médio e depois expandir para outras etapas de ensino.

Defendeu o passe livre, como apoio necessário à educação e a promessa de destinar 10% da receita da União para a saúde.

Foram usadas imagens do evento de quarta-feira, 03, com a candidata na Faculdade de Medicina da USP, com depoimentos de médicos que estiveram presentes.

Um dos depoimentos foi do ex-secretário da Saúde do governo paulista de Geraldo Alckmin (PSDB), Giovanni Guido Cerri.

PSDB

A campanha do candidato tucano Aécio Neves, por sua vez, manteve a estratégia de críticas tanto à candidatura de Marina como à presidente Dilma e focou na área da saúde.

O programa do PSDB trouxe exemplos de realizações de Aécio à frente do governo do Minas.

O tucano mostrou dona Rosa, uma das beneficiadas por um centro regional de saúde. Aécio apresentou ainda soluções para levar "dignidade às pessoas".

Segundo o tucano, para melhorar a saúde não basta aumentar os recursos. É preciso "organizar o que já existe hoje e não funciona direito".

"Isso que fiz em Minas", disse Aécio. A declaração foi completada pela fala de uma senhora. "Se ele fizesse pelo Brasil metade do que ele fez em Minas, já 'tá' bom".

No fim do programa, o tucano reexibiu o vídeo em que fala de Marina como alguém que merece seu respeito, mas diz que o Brasil precisa de "ideias já testadas".

"O novo jeito de governar é gastar mais com as pessoas e menos com o próprio governo", afirmou o candidato tucano.

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