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Campo Grande tem epidemia e decreta situação de emergência

O município já registra aproximadamente 715 casos suspeitos por dia


	Dengue:  de 5 a 18 de janeiro, mais de 50 mil pessoas buscaram atendimento ambulatorial nas unidades básicas de saúde.
 (Wikimedia Commons)

Dengue:  de 5 a 18 de janeiro, mais de 50 mil pessoas buscaram atendimento ambulatorial nas unidades básicas de saúde. (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2013 às 11h36.

Brasília - A prefeitura de Campo Grande decretou hoje (21) situação de emergência em razão da epidemia de dengue no município, que já registra aproximadamente 715 casos suspeitos por dia.

Em entrevista à Agência Brasil, o prefeito Alcides Bernal explicou que a medida foi tomada considerando a necessidade de resposta urgente ao controle da epidemia e com base em registros da Secretaria Municipal de Saúde, que indicam 9.320 casos notificados na cidade.

Outro fator que levou ao decreto, segundo ele, é a cocirculação dos sorotipos Den-1, Den-2 e Den-4, sendo este último com introdução recente no município. “O tipo 4 não havia circulado por aqui e isso torna toda a população suscetível, com predomínio de 64% dos casos notificados”, explicou Bernal.

O horário de atendimento nas unidades básicas de saúde, de acordo com o prefeito, foi ampliado – das 7h às 24h, inclusive aos sábados e domingos. De 5 a 18 de janeiro, mais de 50 mil pessoas buscaram atendimento ambulatorial nessas unidades, sendo que 5 mil pacientes receberam hidratação e 23 pessoas precisaram ser transferidas para hospitais.

“Os números mostram que essa epidemia é a maior de todos os tempos”, disse Bernal, ao lembrar situações semelhantes registradas na cidade em 2007 e 2010. “O decreto traz consigo a possibilidade de fazer a contratação de agentes de saúde sem concurso, por exemplo. Temos muitas áreas descobertas e queremos contratar 160 agentes de controle de endemias”, completou.

A prefeitura pretende ainda ampliar a quantidade de veículos disponíveis para a ações de fumacê (nebulização com inseticida) e, caso seja necessário, contratar leitos na rede particular de saúde para suprir a demanda de pacientes. “O decreto atende a essa necessidade legal. É uma providência que o gestor público municipal tem que tomar para evitar esperar muito tempo”, concluiu.

A prefeitura também conseguiu, no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, uma autorização para as equipes de agentes de saúde entrarem nos imóveis fechados para combater o foco do mosquito.

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