Brasil

Caminhada com mulheres marca fim da campanha de Dilma

Agenda previa três atividades no Rio, inclusive um comício na Cinelândia, mas somente a marcha "Mulheres de coração valente" foi mantida


	Dilma Rousseff durante ato público em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro
 (Ichiro Guerra/Dilma 13/Divulgação)

Dilma Rousseff durante ato público em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro (Ichiro Guerra/Dilma 13/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2014 às 17h40.

Rio - Depois de vários dias de críticas e acusações dos petistas ao tucano Aécio Neves, por ter chamado a adversária Dilma Rousseff de "leviana" em debate na semana passada, uma caminhada com mulheres marcará o fim da campanha da presidente no Rio de Janeiro.

A agenda original de Dilma previa três atividades no Estado, inclusive um comício na Cinelândia, mas somente a marcha "Mulheres de coração valente" foi mantida.

A caminhada acontecerá no centro de Duque de Caxias (Baixada Fluminense), onde a presidente venceu no primeiro turno com 47,6% dos votos, e será centrada, segundo o prefeito Alexandre Cardoso (sem partido), "na defesa das garantias sociais e no combate à violência contra mulheres".

Depois do debate no SBT, o mais tenso da disputa presidencial, petistas como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva insinuaram que Aécio agride mulheres e o acusaram de não respeitar a presidente da República.

O assunto também foi explorado na propaganda do PT na televisão.

Coordenador da campanha de Dilma no Rio, o vice-prefeito da capital, Adilson Pires (PT), diz que há mais de um mês estava decidido que a presidente teria uma agenda com mulheres.

A ideia inicial é que acontecesse na zona sul, área nobre do Rio, ou no centro, mas Cardoso convenceu os petistas a levarem a atividade para a Baixada Fluminense.

"É importante a presidente fazer um ato com essa dimensão, a Baixada tem um histórico de violência contra as mulheres", diz o prefeito de Caxias.

Na quinta-feira, 23, Lula fará campanha, sem Dilma, em São Gonçalo (região metropolitana) e na zona oeste da capital. "São as regiões da periferia, onde Dilma tem bom desempenho e existe espaço para crescer mais.

Os votos estão lá, precisamos ir buscá-los", diz Adilson. Dilma venceu com folga (47,2%) em São Gonçalo, mas na zona oeste do Rio dividiu os votos com a candidata derrotada do PSB, Marina Silva.

Em reunião segunda-feira, 20, dirigentes de diretórios de outros Estados reclamaram que os compromissos da presidente na reta final da campanha estavam muito concentrados no Rio de Janeiro.

Acertou-se, então, que a programação de amanhã seria dividida com Minas Gerais.

"Defendi o comício na Cinelândia, por ser um lugar que fala para o País, mas a gente acabou atropelado por essa confusão da reta final. Houve uma avaliação de que havia muita agenda no Rio e que não dá para Dilma ter um ritmo alucinado antes do debate da TV Globo, na sexta-feira, 24, que é muito importante", afirma o coordenador petista.

Segundo pesquisa Ibope divulgada na segunda-feira, Dilma abriu 12 pontos de vantagem sobre Aécio no Rio, terceiro colégio eleitoral, com 12 milhões de votantes. Dilma alcançou 56% dos votos válidos.

A meta dos petistas é chegar pelo menos aos 60% que a presidente obteve no segundo turno de 2010 contra o José Serra (PSDB).

"Essa vantagem no Rio pode decidir a eleição no País", diz Adilson. O Ibope aponta que Dilma está 14 pontos à frente de Aécio entre as eleitoras fluminenses (57% a 43%) e 10 pontos entre os homens (55% a 45%).

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