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Caminho para reforma não é nova constituinte, diz Temer

Durante a entrevista, Temer garantiu que não é candidato à reeleição em 2018 e que não pretende participar ativamente das eleições municipais deste ano


	Michel Temer: "É muito difícil governar com 35 partidos e mais 23 que estão para ser aprovados"
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer: "É muito difícil governar com 35 partidos e mais 23 que estão para ser aprovados" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2016 às 11h51.

São Paulo - O presidente em exercício, Michel Temer, admitiu em entrevista à Rádio Estadão que o País necessita de uma reforma política, mas avaliou não sentir a necessidade de uma constituinte exclusiva neste sentido.

"Os fatos que estão postos determinam a necessidade de uma reforma política e eu tenho a impressão que hoje a sociedade já amadureceu em definitivo esta ideia", afirmou Temer na manhã desta sexta-feira, 24.

"É muito difícil governar com 35 partidos e mais 23 que estão para ser aprovados."

O presidente em exercício falou ainda que em "em brevíssimo tempo" vai retornar ao tema da reforma.

"Mas eu tenho muita preocupação com a proposta de uma constituinte exclusiva, porque ela significa uma ruptura com o sistema jurídico instalado. A ideia da constituinte eu não apadrinharia."

Temer disse que vai conversar com os líderes da Câmara e do Senado para incentivá-los a realizar a reforma política, o que seria, segundo o presidente, função do Legislativo. "Se eles me permitirem, posso fazer contribuições", comentou.

Política

Durante a entrevista, Temer garantiu que não é candidato à reeleição em 2018 e que não pretende participar ativamente das eleições municipais deste ano.

"Eu vou evitar, porque hoje sou presidente da República. Nossa base parlamentar alcança muitos partidos políticos e eu terei muita cautela e prudência", afirmou. O presidente reiterou ainda que não "vai interferir na Lava Jato".

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