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Câmara aprova propostas que garantem direitos à mulher

Os projetos de lei ainda precisam ser analisados pelo Senado


	Direitos das mulheres: os projetos de lei ainda precisam ser analisados pelo Senado
 (Kevin Lamarque / Reuters)

Direitos das mulheres: os projetos de lei ainda precisam ser analisados pelo Senado (Kevin Lamarque / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2016 às 15h29.

Brasília - Ainda no clima de homenagens ao Dia da Mulher, celebrado no último dia 8, deputados federais aprovaram hoje (23) quatro propostas relacionando direitos ao gênero feminino.

Além de acatar e encaminhar para a sanção do Palácio do Planalto o Projeto de Lei (PL) 4.073/15, que institui 2016 como o Ano do Empoderamento da Mulher na Política e no Esporte, os parlamentares aprovaram o PL 173/15, que prevê pena de 30 dias a dois anos para o descumprimento de medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06).

Deputados se revezaram para lembrar que, apesar dos 10 anos de existência da lei, a ausência de uma norma que criminalize especificamente o descumprimento das medidas previstas trazem prejuízo ao sistema de proteção.

“Ao detectar o descumprimento da medida protetiva e a aproximação do agressor, ou seu retorno ao lar, depois de judicialmente afastado, a mulher em situação de violência aciona o serviço 190 da Polícia Militar, mas somente poderá obter a ação policial efetiva se tiver sofrido nova ameaça ou agressão física”, destacou o autor do texto, Alceu Moreira (PMDB-RS).

Para o parlamentar, “é inconcebível” que a mulher tenha que se submeter a mais um episódio de violência para obter a proteção do estado, “mas é exatamente o que ocorre, uma vez que a desobediência, por si, é interpretada pelos tribunais como fato atípico, o que impede a autuação em flagrante do agressor”.

Também foram aprovados o projeto que proíbe a revista íntima de mulheres em empresas privadas e em órgãos e entidades da administração pública, prevendo multa de R$ 20 mil, e o torna obrigatória a cirurgia plástica reparadora gratuita nas duas mamas em caso de câncer.

Os projetos de lei ainda precisam ser analisados pelo Senado.

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