Brasil

Caixa preta não tem registro do acidente no Itaquerão

A informação foi divulgada nesta terça-feira pela construtora Odebrecht, responsável pela construção do estádio do Corinthians


	Queda de guindaste no Itaquerão: segundo comunicado, a Liebherr, fabricante do guindaste, informou ao Ministério do Trabalho e Emprego que caixa preta não teve registros do acidente
 (Marcelo Camargo / Agência Brasil)

Queda de guindaste no Itaquerão: segundo comunicado, a Liebherr, fabricante do guindaste, informou ao Ministério do Trabalho e Emprego que caixa preta não teve registros do acidente (Marcelo Camargo / Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2014 às 15h02.

São Paulo - A caixa preta do guindaste que quebrou em 27 de novembro no canteiro de obras do Itaquerão, provocando a morte de dois operários, não armazenou registros do dia do acidente.

A informação foi divulgada nesta terça-feira pela construtora Odebrecht, responsável pela construção do estádio do Corinthians, com base em comunicado que recebeu do Ministério do Trabalho e Emprego.

Segundo o comunicado, a empresa alemã Liebherr, fabricante do guindaste, informou ao Ministério do Trabalho e Emprego que a caixa preta não teve registros do acidente. Diante disso, uma das principais linhas da investigação sobre as causas do ocorrido ficaria comprometida.

No dia 27 de novembro, o guindaste quebrou e caiu na fachada leste do estádio, provocando estragos na obra e a morte de dois operários.

Por causa do acidente, a construção do Itaquerão sofreu um atraso de cerca de três meses, adiando a inauguração para abril - apesar disso, o local foi mantido como palco da abertura da Copa do Mundo.

Para investigar as causas do acidente, a caixa preta foi retirada do guindaste e enviada para análise na empresa na Alemanha. A Odebrecht lembra que "o dispositivo deveria registrar todas as etapas da operação", mas, segundo as informações agora divulgadas, isso não aconteceu.

"Causa-nos profunda estranheza e perplexidade essa alegação, uma vez que tais registros poderiam esclarecer se houve eventual erro humano e/ou eventual falha do equipamento e/ou eventual anomalia no comportamento do solo naquela operação de içamento da última peça da cobertura do estádio", diz a nota da construtora.

Diante da informação, a Odebrecht diz que "espera que o fabricante venha a público prestar esclarecimentos técnicos a respeito do ocorrido, bem como dar a devida satisfação às famílias das vítimas, à sociedade brasileira e às autoridades que investigam o acidente".

Acompanhe tudo sobre:EstádiosInfraestruturaItaquerãoMortes

Mais de Brasil

Número de mortes em acidentes aéreos aumenta 92% em 2024 e é o maior dos últimos 10 anos

Previsão do tempo: temporais atingem RJ, SP e MG; Norte, Sul e Centro-Oeste terão chuva fraca

Queda de avião em Gramado: empresas prestam homenagens a Luiz Galeazzi

O que se sabe e o que falta explicar sobre a queda do avião em Gramado