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Cabral e Garotinho evitam se encontrar em diplomação

O ex-governador virou o principal crítico de Cabral e demonstrou força ao se eleger o deputado federal mais votado do Rio

Cabral se reelegeu com 66% dos votos válidos - melhor resultado já obtido no Estado (foto/Agência Brasil)

Cabral se reelegeu com 66% dos votos válidos - melhor resultado já obtido no Estado (foto/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2010 às 18h53.

O esperado encontro entre o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (PMDB), e o seu antecessor e deputado federal eleito Anthony Garotinho (PR-RJ) não ocorreu. Na solenidade de diplomação dos vencedores das eleições de outubro, hoje, no Teatro Municipal, as duas principais lideranças políticas fluminenses - ex-aliados e atuais inimigos - não chegaram a se encontrar. 

Cabral foi o primeiro a ser diplomado pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), desembargador Nametala Jorge. Recebeu o documento, posou para fotos com quatro dos cinco filhos e foi embora, deixando o vice, Luiz Fernando Pezão, representando-o no restante da cerimônia. Oficialmente, a explicação para a saída do governador foi a de que ele precisava viajar para os Estados Unidos, onde fará uma palestra a executivos estrangeiros amanhã, em Nova York.

Cinco minutos depois da saída de Cabral foi a vez de Garotinho subir ao palco para receber seu diploma. O ex-governador não cumprimentou Pezão - que foi secretário estadual de Governo durante a gestão de sua mulher, Rosinha Garotinho. O ex-governador conseguiu, na segunda-feira, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), derrubar uma condenação do TRE-RJ que lhe cassava os direitos políticos até 2011, garantindo assim sua diplomação. Ele disputou a eleição com base em uma liminar também concedida pelo TSE.

Cabral, Pezão e Garotinho integravam o mesmo grupo político até o fim de 2006. Durante a transição, no fim da gestão de Rosinha e o início da primeira administração do atual governador, desencadeou-se uma série de discussões e brigas sobre a situação financeira do Estado. A crise culminou com a saída de Garotinho do PMDB, legenda que presidia até 2009.

O ex-governador virou o principal crítico de Cabral e demonstrou força ao se eleger o deputado federal mais votado do Rio, com 695 mil votos, ajudar a eleger outros sete parlamentares e conseguir que o candidato do PR ao governo, Fernando Peregrino, ex-secretário de Rosinha e até então um desconhecido professor universitário, receber 10,81% dos votos válidos no primeiro turno da eleição em outubro.

Cabral se reelegeu com 66% dos votos válidos - melhor resultado já obtido por um candidato a governador em primeiro turno no Estado. O TRE-RJ diplomou Cabral, Pezão, Garotinho e mais dois senadores, Lindberg Farias (PT) e Marcelo Crivella (PRB), 45 deputados federais e 70 estaduais.

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