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Brigada voluntária reduz 95% de queimadas em reserva

Estratégia de conservação adotada na Reserva Natural Serra do Tombador, em Cavalcante (GO), envolve setor público, privado e participação de comunidades locais

Voluntários: eles são recrutados e capacitados para combater fogo e evitar incêndios acidentais (Fundação Grupo Boticário)
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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2014 às 16h20.

São Paulo - Todos os anos, o Brasil comemora o Dia do Cerrado em 11/09 – auge do período de seca , que se estende de agosto a outubro.

Nesta época do ano, os focos de incêndio se alastram e ameaçam a biodiversidade , a infraestrutura e a saúde dos 20 milhões de habitantes da região, presente em 11 estados, com área que abrange quase 24% do território nacional.

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A boa notícia é que algumas Unidades de Conservação (UCs) têm adotado estratégias de combate ao fogo certeiras, que envolvem a adoção de parcerias entre poder público e reservas particulares.

Outros investimentos bem-sucedidos são a capacitação de funcionários e o estímulo à participação popular da comunidade no entorno.

Exemplo disso é a ação da Reserva Natural Serra do Tombador, em Cavalcante (GO), que reduziu 95% das queimadas entre 2011 e 2014, segundo a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, que a mantém.

A reserva teve cerca de 60% de sua área queimada em 2011, por conta de um grande incêndio.

Uma das soluções encontradas foi a criação (e capacitação) de uma brigada de incêndio voluntária, formada por moradores das comunidades do entorno.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Cerrado tem o maior índice de queimadas do Brasil.

Só em 2014, até a data desta reportagem, foram registrados mais de 395 mil focos de incêndio em território nacional e 45% deles foram no bioma, considerado o segundo mais ameaçado do país.

A atividade humana é a principal causa de queimadas nesta época do ano.

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) destaca que 90% dos incêndios florestais têm de origem antrópica.

Na maioria dos casos, são decorrentes do uso incorreto do fogo para a renovação de pastagens, da caça e de ações criminosas.

“O uso do fogo é bastante perigoso, principalmente, se a utilização de manejo acontece próximo às áreas urbanas. Além da destruição ambiental, as queimadas podem se alastrar para áreas próximas, atingindo casas, áreas naturais e danificando as redes de transmissão elétrica”, diz Fernando Rebello, analista ambiental do Parque Nacional Chapada dos Veadeiros.

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