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Bretas absolve Sérgio Côrtes do crime de obstrução da Justiça

Côrtes é acusado de desviar mais de R$ 300 milhões por meio de contratos firmados pela secretaria durante o governo de Sérgio Cabral

Marcelo Bretas: juiz absolveu o ex-secretário de Saúde do Estado, Sérgio Côrtes, no governo Sérgio Cabral (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Marcelo Bretas: juiz absolveu o ex-secretário de Saúde do Estado, Sérgio Côrtes, no governo Sérgio Cabral (Fernando Frazão/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 7 de maio de 2018 às 10h39.

O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, responsável pelo desdobramento da Lava Jato no Rio, absolveu o ex-secretário de Saúde do Estado, Sérgio Côrtes, no governo Sérgio Cabral, da acusação de obstrução de Justiça. Em 2017, ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por tentar influenciar na delação do ex-subsecretário de Saúde, César Romero.

Na decisão, o juiz absolveu também os empresários Miguel Skin e Sérgio Vianna Júnior. Bretas escreveu, em um dos trechos da sentença, que "considerou haver insuficiência de suporte probatório para condenar os três acusados". A denúncia do MPF informava que Côrtes, Skin e Vianna Júnior tentaram constranger César Romero para alterar o conteúdo de sua delação.

Sérgio Côrtes foi preso em abril de 2017, mas obteve habeas corpus em fevereiro deste ano por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. Côrtes é acusado de desviar mais de R$ 300 milhões por meio de contratos firmados pela secretaria durante o governo de Sérgio Cabral, principalmente para a compra de material hospitalar. Ele ainda é réu em outros dois processos na 7ª Vara Federal Criminal, junto com o ex-governador Sérgio Cabral e o empresário Miguel Iskin.

Em depoimento prestado ao juiz federal Marcelo Bretas, em novembro de 2017, o ex-secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, reconheceu que recebeu algumas vantagens indevidas durante o período em que foi diretor do Instituto Nacional de Traumatologia (Into) entre 2002 e 2006. Ele admitiu ter recebido do empresário Miguel Iskin cerca de R$ 70 mil ao ano para despesas com viagens.

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