Brasil

Brasileiros resgatados da Líbia desembarcam em Recife

Cansados, os pernambucanos relataram momentos de tensão, mas destacaram sempre terem se sentido em segurança

Os brasileiros saíram de Benghazi no sábado, de navio, com destino a Atenas, na Grécia (Divulgação)

Os brasileiros saíram de Benghazi no sábado, de navio, com destino a Atenas, na Grécia (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2011 às 21h55.

Recife - Choro, alívio e promessa de muita comemoração marcaram o final feliz vivido por 148 brasileiros que trabalhavam na Líbia e chegaram na noite de hoje ao Recife, em um voo fretado da Queiroz Galvão. "Vou abraçar minha filha", afirmou o topógrafo pernambucano Douglas Menezes da Silva, de 26 anos, pai de Dayanne, que nasceu no dia 22 de fevereiro e ele ainda não conhecia. "Agora acabou a agonia". O voo trouxe 148 passageiros, 130 deles funcionários da empresa e 18 parentes. Do total, 56 são pernambucanos.

Cansados, os pernambucanos relataram momentos de tensão, mas destacaram sempre terem se sentido em segurança, diante do esquema montado pela empresa, que reuniu os funcionários com família na casa do diretor da Queiroz Galvão para a África do Norte e Oriente, Marcos Jordão, de 54 anos, que morava em Benghazi. Os solteiros ficaram em hotéis. "Sempre juntos para facilitar qualquer ação", afirmou Jordão, que amanhã embarca para o Rio de Janeiro, onde mora. "Tinha medo de um bombardeio aéreo", contou o mecânico Cícero Gonzalez.

Os brasileiros saíram de Benghazi no sábado, de navio, com destino a Atenas, na Grécia. De lá embarcaram para o Recife, com escala em Lisboa, onde desembarcaram funcionários portugueses.

"Foram 22 horas de navio e mais 15 de avião", disse a assessora de planejamento, Jaqueline Siqueira, de 28 anos. Emocionada, ao encontrar a família no Aeroporto dos Guararapes, onde desde o final da tarde cerca de 100 pessoas aguardavam seus parentes, ela disse experimentar a sensação de "nascer de novo". Grávida de quatro meses do primeiro filho, seu temor era dobrado. Ela e o marido, o engenheiro Jurandir Siqueira, de 40 anos, viviam há dois anos na Líbia, trabalhando em um dos seis contratos da Queiroz Galvão naquele país.

De acordo com Jordão, o objetivo imediato da empresa era tirar os seus funcionários do país em conflito. Agora, vão esperar para ver o que acontece no país. O diretor de obras da empresa, Henrique Canuto, estimou o total das obras da Queiroz Galvão na Líbia em US$ 800 milhões, que seriam entregues em 20 meses.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaAmérica LatinaDados de BrasilLíbiaPolítica no BrasilProtestos

Mais de Brasil

Desde o início do ano, 16 pessoas foram baleadas ao entrarem por engano em favelas do RJ

Justiça suspende revisão que permitiria construção de condomínios nos Jardins

Dino convoca para fevereiro audiência com nova cúpula do Congresso para discutir emendas

Em decisão sobre emendas, Dino cita malas de dinheiro apreendidas em aviões e jogadas por janelas