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Brasileiros disputarão olimpíadas de astronomia no exterior

As equipes têm cinco alunos cada, escolhidos entre os melhores dos ensinos fundamental e médio, classificados na última Olimpíada


	Olimpíada: as equipes têm cinco alunos cada, escolhidos entre os melhores dos ensinos fundamental e médio, classificados na última Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica
 (ESO/José Francisco Salgado)

Olimpíada: as equipes têm cinco alunos cada, escolhidos entre os melhores dos ensinos fundamental e médio, classificados na última Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (ESO/José Francisco Salgado)

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Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2016 às 15h42.

Rio de Janeiro - Já foram selecionadas as duas equipes que vão representar o Brasil nas olimpíadas Latino-Americana (OLAA) e Internacional de Astronomia e Astronáutica (IOAA) em Córdoba, na Argentina, e na Índia, em outubro e dezembro.

As equipes têm cinco alunos cada, escolhidos entre os melhores dos ensinos fundamental e médio, classificados na última Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA).

Os escolhidos para disputar a Olimpíada Latino-Americana são Mateus Siqueira Thimóteo, do Colégio Objetivo Integrado de Mogi das Cruzes (SP); Lucas Camargo da Silva, do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), Campus Florianópolis (SC); Henrique Barbosa de Oliveira e Beatriz Marques de Brito, do colégio Etapa Educacional Ltda de São Paulo (SP); e Victor Praxedes Rael, do Colégio Leonardo da Vinci de Jundiaí (SP).

A equipe que participará da Internacional de Astronomia e Astronáutica é integrada por Vitor Gomes Pires, Pedro Seber, Lucas Prado Vilanova, Giancarlo Siniscalchi Sciacca Guimarães Pereira e Gabriel Dante Cawamura Seppelfelt, alunos do Etapa Educacional Ltda de São Paulo (SP).

Outra equipe reserva, formada com oito estudantes do Ceará, São Paulo, Goiás e Espírito Santo, ficará à disposição.

Eles são considerados potenciais candidatos para as equipes titulares no ano seguinte, disse hoje (10) à Agência Brasil o coordenador nacional da OBA, o astrônomo João Batista Garcia Canalle, professor do Instituto de Física da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

“Em geral, eles estão um ano atrás do pessoal que foi selecionado e vão estudar mais tempo do que os que entrarão no ano que vem”.

Prova

A décima nona edição da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) tem prova marcada para o próximo dia 13, registrando 13.550 escolas cadastradas, com expectativa de participação de 800 mil alunos.

“Só saberemos o número de participantes após o término do lançamento das notas e nomes dos alunos”, disse o coordenador. A meta é conseguir manter em torno de 800 mil o número participantes.

Devido a problemas financeiros, que dificultaram a confecção e o envio do material de divulgação, no início do ano, para as prefeituras, a quantidade de escolas regularmente cadastradas para participar foi menor do que no ano passado, quando alcançou 16 mil escolas públicas e particulares.

O certame é dividido em quatro níveis, sendo os três primeiros para alunos do ensino fundamental e o quarto, para estudantes do ensino médio.

A prova é composta de dez perguntas, das quais sete se referem à astronomia e três à astronáutica. Canalle disse que o objetivo é despertar nos jovens o interesse pelas ciências espaciais.

Os melhores classificados na 19ª OBA terão a oportunidade de representar o país nas duas olimpíadas internacionais de 2017. No ano passado, foram distribuídas 46 mil medalhas, com aumento de 7% em relação a 2014.

Desde seu lançamento até hoje, a OBA contou com 7 milhões de participantes.

Jornada de Foguetes

As escolas que se inscrevem na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica são convidadas a participar da Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), que ocorre em paralelo, também aberta a alunos das redes pública e particular dos ensinos fundamental e médio.

“No ano passado, foram 87 mil alunos do ensino fundamental e médio fazendo e lançando foguetes de diferentes tipos, conforme a idade. São quatro níveis também, como na OBA”, disse João Canalle.

Para esta edição, a perspectiva é reunir mais de 100 mil alunos.

Os foguetes, em geral, são feitos de garrafa pet ou de canudos de refrigerante, de acordo com o nível do estudante.

Os alunos do ensino médio que lançarem mais longe os foguetes, a uma distância acima de 120 metros, são chamados para uma etapa presencial, onde apresentam os foguetes a uma banca de professores, fazem dois lançamentos, e recebem troféus, certificados e medalhas.

Além disso, ouvem palestras do astronauta brasileiro Marcos Pontes, de empresas fabricantes de foguetes e de engenheiros da Agência Espacial Brasileira (AEB). “É um momento em que eles se inteiram muito das atividades aeroespaciais do Brasil e também do mundo”.

Os exames  são feitos em fase única no dia 13 de maio, nas próprias escolas, que enviam os resultados para a coordenação da OBA. Os melhores alunos do ensino médio são convidados a participar de nova etapa em julho.

No final de outubro ou começo de novembro, os selecionados da mostra de 2016 participarão da Jornada de Foguetes, evento anual que ocorre na cidade de Barra do Piraí, no centro-sul do estado do Rio de Janeiro.

“São muitos alunos e escolas que se interessam”. Os foguetes são elaborados e lançados individualmente ou em equipe.

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