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Brasil repatria US$ 1,6 mi de "laranja" de doleiro da Lava Jato

O dinheiro estava em empresas offshore da Suíça, em nome do empresário João Procópio Junqueira de Almeida Prado, suposto "laranja" de Alberto Youssef

Youssef: o suposto "laranja" do doleiro firmou acordo de colaboração premiada, em maio de 2015, com o Ministério Público Federal (Rodolfo Buhrer/Reuters)

Youssef: o suposto "laranja" do doleiro firmou acordo de colaboração premiada, em maio de 2015, com o Ministério Público Federal (Rodolfo Buhrer/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de janeiro de 2017 às 17h49.

São Paulo - Com apoio do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), braço da Secretaria Nacional de Justiça e Cidadania do Ministério da Justiça e Cidadania as autoridades brasileiras repatriaram cerca de US$ 1,6 milhão que estavam em contas de empresas offshore da Suíça, em nome do empresário João Procópio Junqueira de Almeida Prado.

Alvo da Operação Lava Jato por supostamente atuar como "laranja" do doleiro Alberto Youssef para lavagem de dinheiro, Procópio firmou acordo de colaboração premiada, em maio de 2015, com o Ministério Público Federal.

"Graças à cooperação jurídica internacional que viabiliza o trabalho conjunto entre as autoridades brasileiras e suíças foi possível recuperar ao Tesouro o dinheiro público que havia sido enviado ao exterior ilegalmente", disse o delegado de Polícia Federal Ricardo Saadi, diretor do DRCI - órgão que atua como autoridade central para negociação com outros países.

Pelo acordo firmado, João Procópio comprometeu-se a repatriar os valores depositados em contas bancárias de diversas empresas offshore, mantidas no banco PKB Privatbank SA, as quais eram por ele controladas na Suíça.

"Além da recuperação dos ativos, foram obtidos documentos bancários das contas das empresas, as quais são importantes para as investigações conduzidas no Brasil", destacou Saadi.

O pedido de cooperação jurídica internacional para obtenção da repatriação foi feito pela Procuradoria da República no Paraná - base da Lava Jato -, em novembro de 2015 e encaminhado para a Autoridade Central brasileira para cooperação jurídica internacional com a Suíça, para fins de análise e tramitação às autoridades suíças, bem como monitoramento de seu andamento naquele país.

As contas dessas offshores foram confessadamente utilizadas por Youssef, com o auxílio de João Procópio, "em benefício de um esquema criminoso, sendo que o dinheiro mantido nessas contas era proveniente de crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro".

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