Brasil

Brasil recebe prêmio por ações de controle do tabagismo

Aumento do preço mínimo do cigarro e a lei que aboliu a área para fumantes são algumas das medidas que representam o empenho do governo em reduzir a dependência


	Dados da Pesquisa Nacional de Saúde mostram que o índice de pessoas que fumam e usam produtos derivados do tabaco é 20,5% menor que há cinco anos
 (.)

Dados da Pesquisa Nacional de Saúde mostram que o índice de pessoas que fumam e usam produtos derivados do tabaco é 20,5% menor que há cinco anos (.)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de março de 2015 às 14h36.

Brasília - Ações brasileiras de controle do tabagismo foram reconhecidas internacionalmente pela Fundação Bloomberg, parceira da Organização Mundial da Saúde, que apontou o Brasil como modelo a ser seguido por outras nações com políticas neste setor.

Por meio de nota, o Ministério da Saúde avaliou que a premiação representa o reconhecimento do papel desempenhado pelo país no monitoramento epidemiológico do uso do tabaco e na implantação de políticas públicas de luta contra o fumo.

Dados da pasta indicam que o número de fumantes no país continua em queda. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde mostram que o índice de pessoas que fumam e usam produtos derivados do tabaco é 20,5% menor que o registrado cinco anos. Em 2013, do total de adultos entrevistados, 14,7% afirmavam fumar. Em 2008, o índice era 18,5%.

Ainda de acordo com o governo, atualmente, mais de 23 mil equipes de saúde da família atuam em 4.375 municípios no tratamento ao tabagismo. Nos últimos dois anos, o ministério destinou R$ 41 milhões para ações de combate ao uso de tabaco.

O Ministério da Saúde destacou também a elaboração de normas que contribuem para a redução do tabagismo como a Lei 12.546, sancionada em 2011, que altera a sistemática de tributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e institui uma política de preços mínimos para os cigarros. O preço mínimo do produto passou de R$ 1 para R$ 3 e deve chegar a R$ 4,50 neste ano.

Outra ação citada pelo ministério trata da proibição do fumo em ambientes fechados desde dezembro de 2014, quando um decreto da presidenta Dilma Rousseff aboliu áreas para fumantes – os conhecidos fumódromos. Em casos de desrespeito, o estabelecimento pode receber advertência e multa, além de ser interditado e ter o alvará de funcionamento cancelado. As multas variam de R$ 5 mil a R$ 1,5 milhão.

“Essas mudanças na legislação brasileira, além da inclusão de imagens nos maços alertando os malefícios para a saúde, impactaram positivamente no hábito de fumar. Mais da metade dos entrevistados da Pesquisa Nacional de Saúde (52,3%) afirmam que pensaram em parar de fumar devido a estas advertências”, informou o ministério.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCigarrosDados de BrasilOMS (Organização Mundial da Saúde)Saúde

Mais de Brasil

Eleições 2024: Quando começa a campanha eleitoral?

Barroso defende conciliação sobre marco temporal: 'Melhor que conflito'

Após vetar anúncios políticos, Google vai privilegiar informações do TSE nas buscas sobre eleição

Tabata Amaral anuncia Lúcia França como vice na chapa pela prefeitura de SP

Mais na Exame