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Brasil planeja cobrar de Pizzolato gastos com extradição

Nessa quinta, Justiça italiana autorizou a volta de Pizzolato, condenado por envolvimento no mensalão, ao Brasil, mas a decisão final cabe ao governo do país

Henrique Pizzolato: condenado terá de reembolsar os custos de sua fuga aos cofres públicos (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2015 às 15h46.

Modena - A vitória do Brasil nos tribunais italianos no processo de extradição do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato teve um preço: R$ 220 mil, apenas em advogados e tradução de documentos.

Dados oficiais da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Procuradoria-Geral da República apontam que os gastos envolveram os honorários de escritórios italianos que representaram o Brasil no caso, além de documentações.

Nessa quinta-feira, 12, a Justiça italiana autorizou a volta de Pizzolato, condenado por envolvimento no mensalão , ao Brasil, mas a decisão final cabe ao governo do país.

Se Pizzolato foi extraditado, tanto a AGU como o Ministério Público já planejam repassar a conta ao condenado, que terá de reembolsar os custos de sua fuga aos cofres públicos.

Isso, segundo fontes em Brasília, já estava previsto quando o processo começou. Cabe ao governo brasileiro decidir se cobra ou não o pagamento.

Pizzolato ainda precisa pagar seu próprio advogado, Alessandro Sivelli, indicado pela família Ferrari na região de Modena e um dos mais caros da região.

Outro custo importante para o Brasil foi a da tradução dos documentos do processo do mensalão, peça fundamental para que o Tribunal de Bolonha avaliasse o caso.

Se todo o processo do STF fosse traduzido, a conta chegaria a mais de R$ 400 mil.

Mas o Ministério Público brasileiro conseguiu convencer o MP italiano de que precisavam apenas dos trechos que tratavam de Pizzolato.

Com isso, a conta com a tradução caiu para R$ 20 mil. Isso não impediu que Rodrigo Janot, procurador-geral da República, tivesse de arregaçar as mangas ao lado de seus assessores que falam italiano para corrigir o trabalho feito pelos tradutores e escrever a mão trechos inteiros do processo, às vésperas do prazo de entrega.

Nesse total de quase R$ 220 mil, não se inclui as diversas viagens realizadas por procuradores brasileiros para a Itália para negociar contratos, afinar posições e mesmo para defender a causa.

Quem representou o Brasil no caso foi o escritório de Miqueli Gentiloni. Para cada etapa do processo, seu preço era de 25 mil euros.

Até esta semana, quando a Corte de Cassação concluiu o processo em Roma determinando a extradição de Pizzolato, a conta chegava a quase 60 mil euros, R$ 194 mil reais.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, Gentiloni declarou nesta sexta-feira, 13, que estava "muito satisfeito" com o resultado e que passaria "um ótimo carnaval".

Ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão.

Mas, há um ano e cinco meses, fugiu do país com um passaporte falso e declarou que confiava que a Justiça italiana não faria um processo político contra ele, como acusa a Justiça brasileira de ter realizado.

Em primeira instância, a Corte de Bolonha negou sua extradição argumentando que as prisões brasileiras não tem condições de recebê-lo.

Ao sair da prisão, o ex-diretor declarou que havia fugido para "salvar sua vida" e elogiou a Justiça italiana por "não ceder aos interesses da imprensa".

Após a Corte de Cassação reverter a decisão, Pizzolato voltou para prisão, em Modena.

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Modena - A vitória do Brasil nos tribunais italianos no processo de extradição do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato teve um preço: R$ 220 mil, apenas em advogados e tradução de documentos.

Dados oficiais da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Procuradoria-Geral da República apontam que os gastos envolveram os honorários de escritórios italianos que representaram o Brasil no caso, além de documentações.

Nessa quinta-feira, 12, a Justiça italiana autorizou a volta de Pizzolato, condenado por envolvimento no mensalão , ao Brasil, mas a decisão final cabe ao governo do país.

Se Pizzolato foi extraditado, tanto a AGU como o Ministério Público já planejam repassar a conta ao condenado, que terá de reembolsar os custos de sua fuga aos cofres públicos.

Isso, segundo fontes em Brasília, já estava previsto quando o processo começou. Cabe ao governo brasileiro decidir se cobra ou não o pagamento.

Pizzolato ainda precisa pagar seu próprio advogado, Alessandro Sivelli, indicado pela família Ferrari na região de Modena e um dos mais caros da região.

Outro custo importante para o Brasil foi a da tradução dos documentos do processo do mensalão, peça fundamental para que o Tribunal de Bolonha avaliasse o caso.

Se todo o processo do STF fosse traduzido, a conta chegaria a mais de R$ 400 mil.

Mas o Ministério Público brasileiro conseguiu convencer o MP italiano de que precisavam apenas dos trechos que tratavam de Pizzolato.

Com isso, a conta com a tradução caiu para R$ 20 mil. Isso não impediu que Rodrigo Janot, procurador-geral da República, tivesse de arregaçar as mangas ao lado de seus assessores que falam italiano para corrigir o trabalho feito pelos tradutores e escrever a mão trechos inteiros do processo, às vésperas do prazo de entrega.

Nesse total de quase R$ 220 mil, não se inclui as diversas viagens realizadas por procuradores brasileiros para a Itália para negociar contratos, afinar posições e mesmo para defender a causa.

Quem representou o Brasil no caso foi o escritório de Miqueli Gentiloni. Para cada etapa do processo, seu preço era de 25 mil euros.

Até esta semana, quando a Corte de Cassação concluiu o processo em Roma determinando a extradição de Pizzolato, a conta chegava a quase 60 mil euros, R$ 194 mil reais.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, Gentiloni declarou nesta sexta-feira, 13, que estava "muito satisfeito" com o resultado e que passaria "um ótimo carnaval".

Ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão.

Mas, há um ano e cinco meses, fugiu do país com um passaporte falso e declarou que confiava que a Justiça italiana não faria um processo político contra ele, como acusa a Justiça brasileira de ter realizado.

Em primeira instância, a Corte de Bolonha negou sua extradição argumentando que as prisões brasileiras não tem condições de recebê-lo.

Ao sair da prisão, o ex-diretor declarou que havia fugido para "salvar sua vida" e elogiou a Justiça italiana por "não ceder aos interesses da imprensa".

Após a Corte de Cassação reverter a decisão, Pizzolato voltou para prisão, em Modena.

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