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Brasil pede explicações aos EUA por espionagens

A Chancelaria pediu explicações ao embaixador dos Estados Unidos em Brasília, Thomas Shannon

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2013 às 15h47.

Rio de Janeiro - O chanceler brasileiro, Antônio Patriota, anunciou neste domingo que pediu explicações aos Estados Unidos pela espionagem de comunicações de cidadãos brasileiros por parte da Agência Nacional de Segurança (NSA).

Patriota afirmou que o governo brasileiro recebeu com 'grave preocupação' a notícia de que os Estados Unidos também espionaram cidadãos brasileiros, como mostrou hoje uma reportagem do jornal 'O Globo', segundo um comunicado do Ministério das Relações Exteriores.

A Chancelaria pediu explicações ao embaixador dos Estados Unidos em Brasília, Thomas Shannon, e a embaixada brasileira em Washington fez o mesmo com o Departamento de Estado, segundo a nota.

O Brasil também pretende lançar uma iniciativa na Organização das Nações Unidas com o objetivo de 'proibir abusos e impedir a invasão da privacidade' dos usuários de internet, que estabeleça 'normas claras de comportamento dos Estados' no setor das telecomunicações.

'O Globo' publicou hoje uma reportagem em que revelou que o Brasil, assim como a maioria dos países do mundo, havia sido espionado pelos programas de rastreamento da NSA.

A reportagem usa dados divulgados pelo ex-analista da CIA Edward Snowden, que está há duas semanas em Moscou à espera que algum país o conceda asilo político.

Entre os documentos, está um mapa mundial em que o Brasil aparece em verde claro, assim como o México, a França e a Austrália, o que indica que o volume de conexões interceptadas pelos sistemas de espionagem americano é intermediário.

Os países mais espionados em números absolutos foram Afeganistão (12,5 bilhões de conexões por mês), Paquistão (11,7 bilhões), Irã (11,5 bilhões), Arábia Saudita (7,4 bilhões) e Iraque (6,7 bilhões), segundo o mapa, que se refere a dados de janeiro passado.

Nos próprios Estados Unidos, que aparecem no mapa em amarelo (intermédio), foram espionados 2,349 bilhões de comunicações, segundo a mesma fonte.

Outro mapa, referente aos dias 4 e 5 de março, aponta que o Brasil foi o país com mais comunicações interceptadas com origem ou destino no Paquistão.

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