Varíola dos macacos (Centro de Controle de Doenças/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 23 de julho de 2022 às 17h41.
Última atualização em 23 de julho de 2022 às 18h12.
O Brasil está preparado para enfrentar a varíola dos macacos (monkeypox) e articula com a Organização Mundial da Saúde (OMS) a compra de vacinas para combater a doença, disse o Ministério da Saúde neste sábado, 23.
A informação foi divulgada pela pasta poucas horas depois de Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, ter decretado estado de emergência de saúde global em resposta ao aumento de casos da patologia.
“O Ministério da Saúde também tem articulado com a OMS as tratativas para aquisição da vacina varíola dos macacos, de forma que o Programa Nacional de Imunizações (PNI) possa definir a estratégia de imunização para o Brasil”, informou a pasta por meio de nota.
“Com o fortalecimento do Sistema Único de Saúde, o Brasil está preparado para enfrentar a varíola dos macacos”, completou o comunicado.
O ministério informou também que há testes disponíveis para todas as pessoas que suspeitam estar contaminadas, e que realiza um monitoramento diário sobre a situação da doença no Brasil.
Segundo os dados da pasta, divulgados na última sexta-feira, 22, a varíola infectou 696 pessoas no País, e outros 336 casos suspeitos estão em investigação.
Na última sexta-feira, a Agência Europeia de Medicamentos declarou que vai usar a vacina da varíola para imunizar as pessoas contra a varíola dos macacos. A decisão de usar o fármaco foi justificada pela semelhança entre os vírus.
Embora a varíola dos macacos tenha se estabelecido em partes da África central e ocidental por décadas, a doença não era conhecida por desencadear grandes surtos fora do continente africano. Mas em maio deste ano, países da Europa e América do Norte começaram a registrar um aumento de pessoas infectadas.
O crescimento acelerado de contaminados levou a OMS a tomar a decisão de declarar a varíola dos macacos uma emergência de saúde global nesta sábado.
A declaração de emergência serve para atrair mais recursos globais e aumentar a atenção para o surto, que exige uma resposta global coordenada entre as nações para impedir que a doença se espalhe para mais países.
Com informação do Estadão Conteúdo