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Brasil está preocupado com monstros do presente, diz Aécio

Em referência à inflação alta, recessão econômica e corrupção, tucano responde Dilma, que disse que "a população "não quer os fantasmas do passado de volta"

Aécio Neves (PSDB) é parabenizado por José Serra e Geraldo Alckmin, em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2014 às 18h33.

São Paulo - O candidato à Presidência Aécio Neves ( PSDB ) afirmou nesta segunda-feira que os brasileiros estão preocupados com o que chamou de "monstros do presente", em resposta a ataques da presidente Dilma Rousseff (PT) aos tucanos feitos na véspera.

"Me surpreende abrir os jornais e ouvir (sic) a candidata oficial falar de fantasmas do passado. Na verdade, os brasileiros estão muito preocupados com os monstros do presente, a inflação alta, recessão, corrupção. Portanto, para enfrentar isso é que nós nos preparamos e reunimos alguns e algumas dos mais e das mais qualificadas brasileiras", disse Aécio a jornalistas.

No fim do domingo, Dilma --rival do tucano no segundo turno da corrida presidencial-- afirmou que a população "não quer os fantasmas do passado de volta, como a inflação, o arrocho e o desemprego", referindo-se ao governo do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso de 1995 a 2002.

Aécio reiterou nesta segunda que sua candidatura é a que carrega "possibilidade concreta do Brasil se reencontrar com desenvolvimento".

Perguntado sobre uma aproximação com a terceira colocada na eleição, a candidata Marina Silva (PSB), o tucano respondeu que tem que dar tempo para que cada liderança tome sua decisão sobre quem apoiar no segundo turno.

Ao mesmo tempo, ele reconheceu que os programas de governo do PSDB e de Marina "têm convergências".

"Eu recebi hoje pela manhã, e de forma muito honrosa, um telefonema da ex-ministra Marina Silva que me cumprimentava pelo resultado da eleição, retribuí também cumprimentando pela sua luta, pela sua campanha, e nós temos agora que dar tempo ao tempo. Cada liderança saberá o tempo de tomar a sua decisão."

Na votação de domingo, Dilma teve 41,6 por cento dos votos válidos, ou quase 43,3 milhões, enquanto Aécio ficou com 33,6 por cento, o equivalente a 34,9 milhões.

Somando os votos de Aécio aos 22,2 milhões (ou 21,3 por cento) depositados nas urnas para Marina, a oposição conseguiu uma larga vantagem sobre a presidente.

"O que nós assistimos neste primeiro turno foi a vitória clara desse sentimento de mudança que se espalhou por todo o país. A soma dos votos obtidos pelas candidaturas de oposição mostram isso de forma muito clara", avaliou Aécio. "Minha candidatura é encarnação da mudança", declarou.

O tucano disse ainda que o ciclo do PT, que está há 12 anos no governo federal, "precisa ser enterrado" e que na área social o país precisa "superar a pobreza", e não administrá-la.

Apesar do contra-ataque aos comentários feitos por Dilma no domingo, Aécio "convidou" a presidente a fazer uma campanha de alto nível nas próximas três semanas.

"Quero aqui convidar a candidata Dilma Rousseff para que possamos fazer uma campanha em alto nível, uma campanha propositiva, uma campanha à altura do que esperam de nós os brasileiros", afirmou.

Força Paulista

Aécio falou a repórteres acompanhado pelos tucanos Geraldo Alckmin, reeleito governador de São Paulo no primeiro turno, e José Serra, eleito senador pelo Estado.

O resultado da votação no maior colégio eleitoral do país foi fundamental para o desempenho de Aécio no primeiro turno da disputa pelo Palácio do Planalto.

O senador mineiro obteve 44,2 por cento dos votos válidos em São Paulo, ou quase 10,2 milhões. Dilma ficou com 25,8 por cento (5,9 milhões) e Marina com 25,1 por cento (5,8 milhões).

Alckmin e Serra enfatizaram que trabalharão para que o candidato do PSDB à Presidência alcance uma votação ainda mais expressiva em São Paulo no dia 26.

Texto atualizado às 18h32min do mesmo dia.

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"Me surpreende abrir os jornais e ouvir (sic) a candidata oficial falar de fantasmas do passado. Na verdade, os brasileiros estão muito preocupados com os monstros do presente, a inflação alta, recessão, corrupção. Portanto, para enfrentar isso é que nós nos preparamos e reunimos alguns e algumas dos mais e das mais qualificadas brasileiras", disse Aécio a jornalistas.

No fim do domingo, Dilma --rival do tucano no segundo turno da corrida presidencial-- afirmou que a população "não quer os fantasmas do passado de volta, como a inflação, o arrocho e o desemprego", referindo-se ao governo do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso de 1995 a 2002.

Aécio reiterou nesta segunda que sua candidatura é a que carrega "possibilidade concreta do Brasil se reencontrar com desenvolvimento".

Perguntado sobre uma aproximação com a terceira colocada na eleição, a candidata Marina Silva (PSB), o tucano respondeu que tem que dar tempo para que cada liderança tome sua decisão sobre quem apoiar no segundo turno.

Ao mesmo tempo, ele reconheceu que os programas de governo do PSDB e de Marina "têm convergências".

"Eu recebi hoje pela manhã, e de forma muito honrosa, um telefonema da ex-ministra Marina Silva que me cumprimentava pelo resultado da eleição, retribuí também cumprimentando pela sua luta, pela sua campanha, e nós temos agora que dar tempo ao tempo. Cada liderança saberá o tempo de tomar a sua decisão."

Na votação de domingo, Dilma teve 41,6 por cento dos votos válidos, ou quase 43,3 milhões, enquanto Aécio ficou com 33,6 por cento, o equivalente a 34,9 milhões.

Somando os votos de Aécio aos 22,2 milhões (ou 21,3 por cento) depositados nas urnas para Marina, a oposição conseguiu uma larga vantagem sobre a presidente.

"O que nós assistimos neste primeiro turno foi a vitória clara desse sentimento de mudança que se espalhou por todo o país. A soma dos votos obtidos pelas candidaturas de oposição mostram isso de forma muito clara", avaliou Aécio. "Minha candidatura é encarnação da mudança", declarou.

O tucano disse ainda que o ciclo do PT, que está há 12 anos no governo federal, "precisa ser enterrado" e que na área social o país precisa "superar a pobreza", e não administrá-la.

Apesar do contra-ataque aos comentários feitos por Dilma no domingo, Aécio "convidou" a presidente a fazer uma campanha de alto nível nas próximas três semanas.

"Quero aqui convidar a candidata Dilma Rousseff para que possamos fazer uma campanha em alto nível, uma campanha propositiva, uma campanha à altura do que esperam de nós os brasileiros", afirmou.

Força Paulista

Aécio falou a repórteres acompanhado pelos tucanos Geraldo Alckmin, reeleito governador de São Paulo no primeiro turno, e José Serra, eleito senador pelo Estado.

O resultado da votação no maior colégio eleitoral do país foi fundamental para o desempenho de Aécio no primeiro turno da disputa pelo Palácio do Planalto.

O senador mineiro obteve 44,2 por cento dos votos válidos em São Paulo, ou quase 10,2 milhões. Dilma ficou com 25,8 por cento (5,9 milhões) e Marina com 25,1 por cento (5,8 milhões).

Alckmin e Serra enfatizaram que trabalharão para que o candidato do PSDB à Presidência alcance uma votação ainda mais expressiva em São Paulo no dia 26.

Texto atualizado às 18h32min do mesmo dia.

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