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Brasil e EUA produzirão juntos vacina contra zika

A instituição brasileira receberá investimento de US$ 3 milhões da Biomedical Advanced Research and Development Authority


	Zika: a instituição brasileira receberá investimento de US$ 3 milhões da Biomedical Advanced Research and Development Authority
 (Marvin Recinos / AFP)

Zika: a instituição brasileira receberá investimento de US$ 3 milhões da Biomedical Advanced Research and Development Authority (Marvin Recinos / AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2016 às 12h40.

Brasília - O Instituto Butantan e o Ministério da Saúde dos Estados Unidos fecharam parceria para o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus zika.

A informação foi divulgada hoje (27) pelo órgão ligado à Secretaria  de Saúde do estado de São Paulo. O vírus zika é um dos causadores de microcefalia e de lesões cerebrais fetais graves.

A instituição brasileira receberá investimento de US$ 3 milhões da Biomedical Advanced Research and Development Authority (Barda) – Autoridade de Desenvolvimento e Pesquisa em Biomedicina Avançada –, órgão do Ministério da Saúde dos Estados Unidos, para as pesquisas de uma vacina de zika com vírus inativado.

O repasse financeiro se dará por meio de acordo entre a Barda e a Organização Mundial da Saúde (OMS) para a expansão da capacidade de pesquisa e produção de vacinas no Brasil.

Segundo o instituto, os recursos serão investidos em equipamentos e insumos para o desenvolvimento da vacina contra a doença. O acordo também prevê cooperação técnica entre os especialistas em vacinas da Barda e os pesquisadores do Butantan.

“O Butantan já vem trabalhando no desenvolvimento de uma vacina de vírus inativado. Esse tipo de vacina tem desenvolvimento científico e tecnológico mais rápidos e, por usar vírus não infectante, tem aprovação pelos órgãos reguladores, como a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], facilitada”, disse, em nota, o diretor do Instituto Butantan, Jorge Kalil.

Atualmente, a instituição está no estágio de imunização do vírus inativado em roedores. Nos últimos meses, os pesquisadores do instituto trabalharam no processo de cultura, purificação e inativação do vírus em laboratório, informou o Butantan.

A expectativa do Instituto Butantan é que a vacina possa estar disponível para os primeiros testes em humanos no primeiro semestre de 2017. “O investimento reconhece a excelência do Instituto Butantan na pesquisa e produção de novos imunobiológicos.

A parceria permitirá que a instituição prossiga na produção de uma vacina contra o zika vírus, contribuindo para o avanço das pesquisas científicas no país”, afirmou Kalil.

Microcefalia

Na quarta-feira (22), o Ministério da Saúde informou que 1.616 casos de microcefalia foram registrados de outubro do ano passado até o dia 18 de junho.

Segundo a pasta, há 3.007 bebês com suspeita de malformações que ainda não tiveram os exames concluídos para diagnóstico preciso. São 40 casos a menos sem diagnóstico conclusivo, considerando os dados do boletim anterior.

Dos casos confirmados, 233 tiveram exames laboratoriais comprovando que foram causados pelo vírus zika.

Entretanto, para o Ministério da Saúde, esse número não reflete a realidade. Para a pasta, a maior parte dos casos confirmados foi causada pelo zika, mas, por dificuldades de diagnosticar a doença, a situação não foi comprovada em laboratório.

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