No fim de 2011, o Brasil deve estar na frente da Itália, já que as expectativas de crescimento brasileiro são maiores (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 4 de março de 2011 às 08h56.
São Paulo - O Brasil provavelmente já se tornou a sétima maior economia do mundo. Segundo estimativa de Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, o Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 3,675 trilhões em 2010 corresponde a US$ 2,089 trilhões, tomando-se a cotação média do dólar no ano. Com esse valor, o PIB brasileiro ultrapassa o da Itália no ranking do Fundo Monetário Internacional (FMI), que é de US$ 2,037 trilhões.
Agostini diz que o ranking do PIB do FMI ainda tem uma estimativa para o crescimento em 2010 da Itália, e não o resultado efetivo do ano. Se a comparação for feita com a estimativa do PIB em 2010, que também é o que ainda consta do ranking, a Itália está na frente - o tamanho da economia brasileira seria de US$ 2,024 bilhões.
Segundo Agostini, o FMI só incluirá no seu ranking os resultados efetivos do crescimento do PIB dos diversos países em abril. “Só aí dá para dizer com 100% de certeza que o Brasil já é a sétima maior economia”, diz. A estimativa do FMI de crescimento do PIB italiano em 2010 é de 1%, enquanto o resultado efetivo foi de 0 1%. É bem possível que o tamanho do PIB da Itália caia quando o resultado efetivo for incluído em abril. Mas pode haver mudanças também no câmbio médio utilizado para converter para dólares.
No caso brasileiro, apesar de a estimativa de alta do PIB do FMI para 2010 ser exatamente os 7,5%, o valor do PIB no ranking é menor do que o calculado por Agostini por causa do uso de uma taxa de câmbio diferente. Ele nota que, no fim de 2011, o Brasil deve estar na frente da Itália, já que as expectativas de crescimento brasileiro são maiores. Em termos cambiais, ele espera que tanto o euro quanto o real se valorizem ante o dólar. Pelas previsões de Agostini, o Brasil será a quinta maior economia do mundo em 2018, com PIB de US$ 3,3 trilhões, atrás de EUA, China, Japão e Alemanha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.