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Brasil deve apresentar declaração de apoio aos EUA contra a China

A informação, divulgada pelo Financial Times, diz que a declaração contra a moeda chinesa será apresentada durante visita de Obama ao Brasil

Timothy Geithner, secretário do Tesouro dos EUA, e a presidente Dilma Rousseff: aliança contra a China (Ricardo Stuckert Filho/PR)

Diogo Max

Publicado em 8 de fevereiro de 2011 às 07h45.

São Paulo - Durante a vista do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prevista para março deste ano, a presidente Dilma Rousseff deve fazer uma declaração pública contra o iuane, a moeda chinesa desvalorizada artificialmente e que tem levado aos desequilíbrios em economias desenvolvidas e emergentes. A informação foi divulgada nesta terça-feira pelo Financial Times.

Citando uma “pessoa próxima ao governo”, a reportagem afirma que o Brasil poderá emitir um comunicado, em que os dois países poderão “trabalhar em linguagem comum para tentar insistir neste assunto”. Segundo a publicação, os Estados Unidos tentam mobilizar o Brasil - que vê uma enxurrada de capital estrangeiro e de bens de consumo chineses - a ficar ao seu lado na “guerra cambial” contra o iuane.

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“Qualquer alinhamento com os EUA sobre a questão da moeda chinesa marcaria uma mudança fundamental para o Brasil”, diz o Financial Times, que lembra a política diplomática do ex-presidente Lula em fazer alianças com outros países em desenvolvimento, no chamado eixo sul-sul.

Wall Street Journal

Repercutindo a visita do secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, ao Brasil, o Wall Street Journal afirma que os dois países devem mostrar posicionamento semelhantes contra a China, durante a próxima reunião do G20.

O jornal lembra também o dilema que vive o país na hora de ficar contra a China e a favor dos EUA na “guerra cambial”.

“Embora as crescentes exportações para a China de minério de ferro, soja e outras commodities estão por trás de grande parte do boom econômico do Brasil,  uma inundação de importações baratas da China está minando cada vez mais a capacidade dos fabricantes brasileiros em competir dentro de casa e nos mercados globais”, salienta a publicação.

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