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Bope ocupa região pacificada no norte do Rio

O batalhão ocupou por tempo indeterminado o Morro do São Carlos, no Estácio, na zona norte do Rio

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2012 às 20h38.

Rio de Janeiro - O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) ocupou por tempo indeterminado o Morro do São Carlos, no Estácio, na zona norte do Rio. O conjunto de 4 favelas já conta com uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). No entanto, a prisão do ex-comandante da UPP e a morte de um menino de 14 por bala perdida provaram que o tráfico de drogas continua ativo na região.

Hoje, o Bope deteve três suspeitos na favela. Apontado pela PM como gerente do tráfico, Felipe Pereira Brandão foi preso desarmado durante o enterro da avó, no Cemitério do Catumbi (zona norte). Os policiais apreenderam no morro 15 motocicletas, duas vans e uma Kombi. Esta não é a primeira vez que o Bope precisa ocupar uma favela "pacificada". Em junho de 2011, a tropa de elite ocupou o Morro da Coroa, no Catumbi, depois que um policial da UPP foi atingido por uma granada em confronto com criminosos. O soldado teve a perna direita amputada.

A crise no São Carlos começou quando a Polícia Federal prendeu o ex-comandante da UPP, o capitão Adjaldo Luiz Piedade, e o soldado Alexandre Duarte de Oliveira por tráfico de drogas e associação para o tráfico, no dia 16. Segundo a PF, o comandante da UPP negociava diretamente com o traficante Sandro Luiz de Paula Amorim, o Peixe, propinas de até R$ 15 mil por semana para não coibir a venda de entorpecentes.

Uma semana depois da prisão do capitão e do soldado, um tiroteio entre policiais da UPP e traficantes resultou na morte de Wendell Timóteo Rodrigues Nunes, de 14 anos. Na ocasião, os procurados Marcílio Cheru de Oliveira, o Cheru, 24 , e Paulo Roberto Barros dos Santos, 25, o Dorei, foram presos.

"Estamos em uma fase de monitoramento e avaliação. A UPP no São Carlos foi inaugurada em maio de 2011. Então, sempre que for necessário, vamos lançar mão de tropas especiais.", declarou o relações públicas da PM, coronel Frederico Caldas. Segundo a PM, a operação conta com cerca de 200 policiais militares do Bope, com o apoio do Batalhão de Choque, Batalhão de Ações com Cães (BAC) e do Grupamento Aéreo-Marítimo (GAM).

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