Brasil

Bope entra em presídio do RN para tentar conter rebelião

Policiais do Choque também acompanham a operação de retomada e controle da unidade prisional. Ainda permanece o clima de tensão

Rebelião: Alcaçuz foi palco de uma rebelião que durou cerca de 14 horas, entre sábado (14) e domingo (15) (Reuters)

Rebelião: Alcaçuz foi palco de uma rebelião que durou cerca de 14 horas, entre sábado (14) e domingo (15) (Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 16 de janeiro de 2017 às 17h48.

Após a entrada da Polícia Militar na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, os presos desceram dos telhados da unidade.

Os detentos tinham voltado a ocupar os telhados dos pavilhões na manhã desta segunda-feira (16), mas saíram depois que o Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope) foi acionado e entrou na área novamente.

Os policiais do Bope entraram no presídio por volta de 13h, acompanhados de integrantes dos grupos Penitenciário de Escolta Penal (GEP) e Penitenciário de Operações com Cães (GPOC), da Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania (Sejuc) do estado.

Policiais do Choque também acompanham a operação de retomada e controle da unidade prisional. Ainda permanece o clima de tensão.

Rebelião

Alcaçuz foi palco de uma rebelião que durou cerca de 14 horas, entre sábado (14) e domingo (15). Inicialmente, as autoridades estaduais falavam em pelo menos dez mortos.

Ontem à noite, no entanto, os secretários estaduais da Justiça e da Cidadania, Walber Virgolino da Silva Ferreira, e da Segurança Pública e Defesa Social, Caio César Marques Bezerra, anunciaram que 26 corpos foram localizados e transferidos para o Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep), onde serão identificados.

De acordo com a secretaria, os corpos estão em processo de identificação. Ontem mesmo, o Itep já tinha sido autorizado a alugar um contêiner frigorífico para armazenar os corpos encontrados no presídio.

Embora o instituto disponha de duas câmaras frias com capacidade para abrigar entre 20 e 30 corpos em cada uma delas e receba, em média, cinco corpos diariamente, a diretoria do Itep decidiu agir preventivamente para garantir que não falte espaço, caso o total de detentos mortos seja maior que as primeiras informações divulgadas. O valor do aluguel do contêiner não foi informado.

A assessoria da Sejuc informou à Agência Brasil que equipes da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) irão inspecionar as fossas existentes no interior da unidade para verificar a possibilidade da existência de mais corpos.

A ação deverá ser realizada tão logo as forças policiais consigam retomar o controle da situação e as condições de segurança estejam garantidas.

Acompanhe tudo sobre:MortesPolícia MilitarPrisõesRio Grande do Norte

Mais de Brasil

Novo oficializa candidatura de Marina Helena à prefeitura de SP com coronel da PM como vice

Estudo da Nasa aponta que Brasil pode ficar 'inabitável' em 50 anos; entenda

Temperatura acima de 30°C para 13 capitais e alerta de chuva para 4 estados; veja previsão

Discreta, Lu Alckmin descarta ser vice de Tabata: 'Nunca serei candidata'

Mais na Exame