Exame Logo

Bolsonaro sobre declaração de Biden: "apenas a diplomacia não dá"

Presidente já havia rebatido declarações de Joe Biden em setembro deste ano, após fala em debate, quando o americano mencionou o desmatamento na Amazônia.

Brasil e EUA: Bolsonaro afirma que 'quando acaba a saliva tem que ter pólvora' sobre fala de Biden (Marco Bello/Reuters)
TL

Thiago Lavado

Publicado em 10 de novembro de 2020 às 19h32.

Última atualização em 10 de novembro de 2020 às 19h36.

Calado sobre o resultado das eleições americanas, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se referiu a uma fala do presidente-eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, nesta terça-feira, 10. Bolsonaro citou um "grande candidato a chefia de Estado", que havia dito que se ele "não apagar o fogo da Amazônia levanta barreiras comerciais contra o Brasil".

Bolsonaro disse ainda, apontando para Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores, que "apenas na diplomacia não dá. Quando acaba a saliva tem que ter pólvora".

Veja também

Não é a primeira vez que Bolsonaro se refere a Biden. Ainda durante a campanha presidencial americana, no final de setembro, o presidenteclassificou de “desastrosa” e “gratuita” a declaração do então candidato Biden , sobre a Amazônia, e afirmou que o norte-americano, ao ameaçar o Brasil de sanções caso seja eleito, sinalizou que abre mão de uma “convivência cordial e profícua”.

No debate do dia 29 de setembro entre os candidatos à presidência, Biden falou sobre o desmatamento naAmazônia como parte de sua estratégia para o meio ambiente, uma pauta valorizada principalmente pelos eleitores jovens e das grandes cidades.

O democrata disse que, caso eleito, “começaria imediatamente a organizar o hemisfério e o mundo para prover 20 bilhões de bilhões para a Amazônia, para o Brasil não queimar mais a Amazônia. E, o país não parar de destruir a floresta vai enfrentar consequências econômicas significativas”.

Bolsonaro está entre os líderes que ainda não congratularam Biden pela eleição americana e a construção de frase do presidente nesta terça parece denotar que ele está longe de reconhecer sua vitória. Entre outros nomes que ainda não estenderam a mão para cumprimentar o presidente-eleito estão Xi Jinping, da China, Vladimir Putin, da Rússia e Kim Jong-un, da Coreira do Norte.

Acompanhe tudo sobre:AmazôniaEleições americanasJair BolsonaroJoe Biden

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame