Bolsonaro: “Renuncio se provarem que ofendi Jean Wyllys”
Em discurso no Conselho de Ética da Câmara, Jair Bolsonaro negou que tenha ofendido o deputado do PSOL
Marcelo Ribeiro
Publicado em 9 de novembro de 2016 às 16h45.
Última atualização em 9 de novembro de 2016 às 16h51.
Brasília – O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) desafiou seus opositores a comprovarem que ele fez ofensas a Jean Wyllys (PSOL-RJ) durante a votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) no plenário da Câmara dos Deputados, em abril.
“Não menti e não o ofendi em absolutamente nada. Renuncio se comprovarem que ofendi o deputado Jean Wyllis no plenário naquela ocasião”, disse Bolsonaro no Conselho de Ética, que retomou nesta tarde a oitiva das testemunhas de uma representação contra Wyllis.
O deputado do PSOL responde por quebra de decoro parlamentar, por ter cuspido em Bolsonaro, durante a sessão de votação do processo de impedimento da petista na Casa. Na ocasião, Wyllys admitiu o ato e justificou que reagiu a insultos homofóbicos de Bolsonaro, que teria lhe chamado de "queima rosca", "bichinha" e "veadinho", entre outros xingamentos.
Durante sua fala, Bolsonaro afirmou que é vítima de perseguição política e garante que a única frase que falou ao deputado do PSOL foi o conhecido “tchau, querida”, em referência a Dilma.
“Aquela tribuna da Câmara é meu tanque de guerra, minha arma são as palavras, minha bomba atômica é a verdade, e vocês não gostam disso”, afirmou.
Em seu discurso, ele reforçou que pleiteará o comando do Palácio do Planalto em 2018. “Eu sou candidato em 2018, gostem ou não gostem. Cassem o meu mandato, mas não fiquem me caluniando”, concluiu Bolsonaro. Mais cedo, ele parabenizou o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e afirmou que Brasil deve seguir o mesmo caminho nas eleições presidenciais.