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Bolsonaro promete projeto que classifica invasões de terra como terrorismo

Presidente afirmou que pretende se mirar em projeto aprovado na Itália, em que o proprietário pode atirar para defender sua propriedade ou de outra pessoa

Bolsonaro: "O que puder fazer por decreto farei, se não puder vai ser por projeto de lei" (Adriano Machado/Reuters)
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Reuters

Publicado em 18 de abril de 2019 às 21h12.

Brasília - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, que o governo está finalizando um projeto de lei para criminalizar as invasões de terra, que será classificado como terrorismo.

Segundo Bolsonaro, o projeto não foi enviado ainda porque é preciso conversar com os parlamentares, mas isso deve acontecer "nas próximas semanas".

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"Temos que trabalhar para chegar na Câmara e tenha menor reação possível, para que sofra o mínimo de interferência possível", disse o presidente.

Bolsonaro afirmou ainda que pretende se mirar em um projeto que teria sido aprovado na Itália, em que o proprietário pode atirar para defender sua propriedade ou de outra pessoa.

"Se o invasor decidir morrer o problema é dele", disse. "Entra aí o excludente de ilicitude. A pessoa vai responder mas não tem punição. Isso ajuda inclusive nossos policiais."

O presidente voltou a comentar a situação indígena no país, alvo de uma live não agendada na quarta-feira, e disse que irá mudar a legislação para permitir que os índios explorem suas terras.

"O que puder fazer por decreto farei, se não puder vai ser por projeto de lei", afirmou.

SEGURO-DEFESO

Bolsonaro disse ainda que o governo irá iniciar em maio um recadastramento do seguro-defeso, dado a pescadores durante a época do ano em que não é possível pescar, para evitar fraudes, que chegariam a 2 bilhões de reais por ano.

O presidente pediu a pessoas que estejam irregularmente cadastradas que deixem o programa voluntariamente e avisou que quem for pego em situação irregular será processado.

Bolsonaro voltou a falar sobre liberdade de imprensa, e repetiu o que disse pela manhã durante cerimônia em São Paulo, de que a imprensa funcionando é importante para que "seja mantida a chama da democracia".

"A imprensa é importante, não há dúvida disso. Que pese alguns percalços devemos nos entender", afirmou. "Melhor uma imprensa capengando que não ter imprensa."

O presidente ainda deu os parabéns ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que no final da tarde r everteu a decisão em que havia mandado os sites Crusoé e Antagonista retirar do ar reportagem que citava o presidente da Corte, Dias Toffoli.

Bolsonaro está desde a tarde desta quinta-feira no Hotel de Trânsito da sede da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea, no Guarujá, litoral de São Paulo, onde passa a Páscoa com a família.

 

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