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Bolsonaro pede que apoiadores evitem protestar em mesmo dia que críticos

Neste domingo, manifestação antifacista terminou em confusão entre apoiadores e críticos do governo em São Paulo

Jair Bolsonaro: presidente durante manifestação a seu favor neste domingo, em Brasilia. (Ueslei Marcelino/Reuters)

Jair Bolsonaro: presidente durante manifestação a seu favor neste domingo, em Brasilia. (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de junho de 2020 às 10h38.

Última atualização em 1 de junho de 2020 às 10h40.

Após ato antifascista terminar em confusão em São Paulo no último domingo, o presidente Jair Bolsonaro recomendou, nesta segunda-feira, que os seus apoiadores evitem manifestações simultâneas esta semana.

"Estão marcando domingo (7) um movimento, né? Deixa sozinho o domingo (...) Já que eles marcaram para domingo, deixa domingo lá", recomendou Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada, pela manhã.

Diferentemente do que ocorre em outros dias, Bolsonaro convidou os apoiadores a ficarem em área interna do Alvorada durante a conversa, distantes da imprensa. Ele afirmou que, agora, os jornalistas não poderão mais dizer que estão sendo agredidos pelo presidente. Em seguida, disse que a mídia não transmite a verdade.

Um de seus apoiadores, então, reclamou dos "caras de preto", uma referência à cor utilizada nos atos antifascista. "Precisamos acabar com esses caras de preto batendo na gente, presidente", disse o apoiador.

O presidente reagiu pedindo para que os bolsonaristas evitem fazer um ato no mesmo dia, e completou que não coordena nada, apenas prestigia as manifestações. Ontem, Bolsonaro esteve no ato que ocorreu em Brasília a favor do governo. "Estão marcando domingo um movimento, né? Deixa sozinho o domingo", respondeu.

"Eu não coordeno nada, não sou dono de grupo. Não participo de nada. Só vou prestigiar vocês que estão me apoiando. Vocês fazem um movimento limpo, decente, pela democracia, pela lei e pela ordem. Eu apenas compareço. Não conheço praticamente ninguém desses grupos. Eu acho que, já que eles marcaram para domingo, deixa domingo lá", acrescentou o presidente.

Na conversa com apoiadores, Bolsonaro voltou a defender a redução no controle de armas para a população, mas ponderou que o intuito é que os cidadãos possam se proteger de crimes. Ele também criticou o ex-ministro Sergio Moro, dizendo que ele estava alinhado a outra ideologia.

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