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Bolsonaro nega ter dito que poderia "metralhar a Rocinha"

Segundo Lauro Jardim, do jornal "O Globo", parlamentar optaria por fuzilamento caso bandidagem não se rendesse

Jair Bolsonaro: ""Isso é uma insanidade. Beira a loucura (...). Eu teria sido massacrado, e de forma justa" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Agência Brasil)

Jair Bolsonaro: ""Isso é uma insanidade. Beira a loucura (...). Eu teria sido massacrado, e de forma justa" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Agência Brasil)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 12 de fevereiro de 2018 às 16h01.

Última atualização em 28 de fevereiro de 2018 às 15h58.

São Paulo - O deputado pelo PSC-RJ e pré-candidato à presidência Jair Bolsonaro publicou neste domingo (11) um vídeo em sua página no Facebook negando que tenha dito que poderia metralhar a comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro, caso a "bandidagem" não se rendesse. A afirmação supostamente feita pelo parlamentar, foi publicada na coluna de Lauro Jardim, no jornal "O Globo".

Segundo Jardim, a declaração de Bolsonaro teria sido dada no último dia 6, quando o pré-candidato à presidência participou de um encontro com executivos do mercado financeiro na sede do banco BTG Pactual, em São Paulo.

Bolsonaro diz, no vídeo, ter dado uma entrevista ao jornalista Augusto Nunes por uma hora durante o evento. "Fui aplaudido várias vezes e, especialmente, ao final da entrevista. Tudo certo, até que cinco dias depois me deparo com a coluna, dizendo que a minha solução para a violência do Rio é jogar panfletos para a bandidagem se render. Caso ela não faça isso, eu optaria por fuzilamento, faria com que toda a Rocinha fosse metralhada".

O parlamentar nega que tenha dado a declaração. "Isso é uma insanidade. Beira a loucura. Se eu falei para mais de mil pessoas em São Paulo, para toda a mídia paulista, eu não teria sido massacrado, de forma justa?".

O pré-candidato finaliza o vídeo "lamentando" a coluna. "Isso não é fazer jornalismo. Isso é terrorismo. Não posso permitir. Espero que você (Lauro Jardim) se retrate dessa infâmia, dessa covardia."

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