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Bolsonaro não responde sobre cancelamento de visita de comitiva ao Egito

Visita do governo brasileiro foi paralisada pelo país egípcio em resposta à ideia de Bolsonaro de mudar a embaixada do Brasil de Tel-Aviv para Jerusalém

Bolsonaro: presidente eleito reagiu negativamente à pergunta de jornalistas: "Não, não. Outro assunto aí. Outra pergunta" (Sergio Lima/Bloomberg/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de novembro de 2018 às 15h47.

Última atualização em 6 de novembro de 2018 às 15h49.

Ao sair de almoço no Ministério da Defesa nesta tarde de terça-feira, 6, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), evitou falar sobre polêmica envolvendo o seu futuro governo e os países árabes. Em rápida fala a jornalistas, Bolsonaro não quis comentar o cancelamento de visita oficial do governo brasileiro feito pelo Egito, em resposta à ideia de Bolsonaro de mudar a embaixada do Brasil em Israe l de Tel-Aviv para Jerusalém. Bolsonaro apenas reagiu: "Não, não. Outro assunto aí. Outra pergunta".

Em referência às relações com o exterior, Bolsonaro disse que irá ampliar o comércio com a China e falou sobre a visita que recebeu do embaixador do país. "Estive com o embaixador da China na minha casa. Vamos ampliar o comércio. Reafirmei que não teremos qualquer comércio com viés ideológico. Não é direita nem esquerda, é a economia do Brasil que interessa. E o embaixador saiu muito bem impressionado", disse.

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Depois, o ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, questionado sobre possível contingenciamento do orçamento das Forças Armadas disse, a princípio, que as Forças Armadas "fazem um trabalho prioritário", mas, depois, ponderou que contingenciamento é "natural". Ele ressaltou, no entanto, que eventuais cortes devem ser anunciados no início do ano para não prejudicar a programação da área.

Sobre o papel das Forças Armadas no novo governo, Bolsonaro afirmou: "Os militares nunca deveriam ter deixado de ter lugar de destaque. As Forças Armadas são guardiãs da Constituição e as Forças Armadas ocuparão lugar de destaque. Voltarão a fazer parte na mesa ministerial mesmo na informalidade". Mais cedo, o presidente eleito disse que, segundo o seu futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, não haverá contingenciamento nas Forças Armadas.

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