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Bolsonaro justifica proximidade com centrão: "é a regra do jogo"

Depois de criar confronto direto com o Congresso pela maior parte de seus quase dois anos de governo, Bolsonaro foi convencido por aliados a baixar o tom

Jair Bolsonaro: "Alguns criticam que estou me aproximando de determinados partidos. Deputados são 513. Para aprovar uma emenda constitucional precisa de 308 votos. Me aponte os 308 que eu tenho que conversar com eles" (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

Jair Bolsonaro: "Alguns criticam que estou me aproximando de determinados partidos. Deputados são 513. Para aprovar uma emenda constitucional precisa de 308 votos. Me aponte os 308 que eu tenho que conversar com eles" (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

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Reuters

Publicado em 29 de outubro de 2020 às 11h07.

Última atualização em 29 de outubro de 2020 às 11h35.

Em uma longa conversa com apoiadores, na noite de quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro justificou a proximidade com o centrão e afirmou que esta é "a regra do jogo" em Brasília.

"Alguns criticam que estou me aproximando de determinados partidos. Deputados são 513. Para aprovar uma emenda constitucional precisa de 308 votos. Me aponte os 308 que eu tenho que conversar com eles", disse o presidente.

"Não me critica 'ah, se aproximou de tal pessoa que não presta'. Eu preciso desse voto para aprovar as coisas que interessam para a gente. Como é que vou fugir dele?"

"Essa é a regra do jogo", completou o presidente aos seus apoiadores.

Depois de criar uma relação de confronto direto com o Congresso pela maior parte de seus quase dois anos de governo, Bolsonaro foi convencido por aliados a baixar o tom e se aproximar das siglas do chamado centrão para preservar seu mandato e facilitar a aprovação de medidas propostas no Congresso.

Nos últimos meses, o presidente trocou o líder do governo na Câmara, tirando Vitor Hugo (PSL-GO), com que tinha bastante proximidade mas que tinha dificuldades de relacionamento na Câmara, pelo deputado veterano Ricardo Barros (PP-PR), ofereceu cargos de segundo e terceiro escalão no governo para os partidos do centrão e passou a ter entre seus principais conselheiros o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e o deputado Arthur Lira (PP-AL), ambos investigados pela operação Lava Jato.

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