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Bolsonaro enfrenta duas vezes mais pedidos de impeachment que Dilma

O número de requerimentos contra o chefe do Executivo chega a pelo menos 145

Jair Bolsonaro: recurso foi apresentado pelo advogado-geral da União, Bruno Bianco (Alan Santos/Flickr)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de julho de 2022 às 17h57.

Última atualização em 21 de julho de 2022 às 17h57.

O senador Jean Paul Prattes (PT-RN) protocolou nesta quarta-feira, 20, um novo pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) na Câmara dos Deputados. Com este o número de requerimentos contra o chefe do Executivo chega a pelo menos 145, mais que o dobro do número recebido pela Casa contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que foi alvo de 68 pedidos.

"Protocolei hoje novo pedido de impeachment de Bolsonaro. É mais um que se junta a outros mais de 100 que aguardam análise do presidente da Câmara. Todos esses pedidos, no entanto, formam um conjunto probatório para processos que ele deve sofrer quando sair do Planalto", afirmou o senador. Para ter prosseguimento, o requerimento deve ser acatado pelo presidente da Casa, o deputado Arthur Lira (PP-AL).

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A justificativa para o novo pedido é a reunião em que Bolsonaro disse a dezenas de embaixadores estrangeiros que o sistema eleitoral brasileiro não é confiável. O parlamentar argumenta que houve crime de responsabilidade porque o encontro foi transmitido pela TV Brasil, ou seja, um aparato público de comunicação.

O senador também argumenta que a postura do presidente é incompatível com o cargo, acusando-o de quebrar o decoro, a dignidade e a honra ao falar mal do próprio País a diplomatas estrangeiros.

Jean Paul Prattes também lembrou que a "solução" proposta pelo presidente para cessar ataques às urnas eletrônicas, a adoção do voto impresso, já foi rejeitada pelo Congresso no ano passado, e que, por esse motivo, não caberia ao presidente continuar questionando o sistema eletrônico de votação.

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