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Bolsonaro é eleito pela Time uma das 100 pessoas mais influentes do mundo

A revista diz que o presidente é uma boa saída para o Brasil, mas o descreve como "garoto-propaganda da masculinidade tóxica e ultraconservador homofóbico"

Bolsonaro: perfil do presidente foi escrito pelo cientista político Ian Bremmer, da consultoria Eurasia Group (Sergio Moraes/Reuters)

Bolsonaro: perfil do presidente foi escrito pelo cientista político Ian Bremmer, da consultoria Eurasia Group (Sergio Moraes/Reuters)

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Clara Cerioni

Publicado em 17 de abril de 2019 às 09h34.

Última atualização em 17 de abril de 2019 às 12h09.

São Paulo — A revista americana "Time" elegeu o presidente Jair Bolsonaro uma das 100 pessoas mais influentes do mundo. A lista foi divulgada nesta quarta-feira (17).

Único brasileiro citado pela publicação, o presidente está ao lado de figuras políticas como Donald Trump, Juan Guaidó, Jacinda Arden e Alexandria Ocasio-Cortez.

Mas Bolsonaro não é o primeiro presidente brasileiro a figurar nessa lista. Em 2010, o então presidente Lula foi listado como uma das 100 pessoas mais influentes.

O texto de apresentação de Bolsonaro foi escrito pelo cientista político Ian Bremmer, da consultoria Eurasia Group, que o classifica como um "personagem complexo".

Bremmer diz que, após três meses como líder do Brasil, Bolsonaro "representa uma ruptura brusca de uma década de corrupção de alto nível". Considera, ainda, que o ex-capitão do exército pode ser "a melhor chance do país para implementar reformas econômicas que domem a dívida econômica".

Apesar dos elogios, o cientista político descreve Bolsonaro como um "garoto-propaganda da masculinidade tóxica e ultraconservador homofóbico disposto a travar uma guerra cultural e talvez reverter o progresso do Brasil no combate às mudanças climáticas".

Para o especialista, no entanto, o "fascínio" de Bolsonaro por controvérsias será domado pela "democracia dinâmica e instituições robustas, que limitarão tanto o bem quanto o dano que ele poderia causar" ao país.

"Se ele quiser fazer alguma coisa, Bolsonaro terá que aprender a trabalhar dentro desse sistema, para negociar os acordos necessários para avançar sua agenda um passo de cada vez. O tempo dirá se ele tem flexibilidade e resiliência de caráter de que precisará", finaliza Bremmer.

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