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Bolsonaro se torna "persona non grata" na Câmara de Campinas

A moção de protesto do vereador Pedro Tourinho (PT) foi uma resposta ao posicionamento do deputado sobre os políticos locais

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	O deputado Jair Bolsonaro: a moção de protesto do vereador Pedro Tourinho (PT) foi uma resposta ao posicionamento do deputado sobre os políticos locais
 (Reprodução/Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

O deputado Jair Bolsonaro: a moção de protesto do vereador Pedro Tourinho (PT) foi uma resposta ao posicionamento do deputado sobre os políticos locais (Reprodução/Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

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Guilherme Z. Mazieiro

Publicado em 17 de maio de 2016, 11h17.

A Câmara Municipal de Campinas tornou nesta segunda-feira, 16, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) 'persona non grata' em sua cidade natal.

Em entrevista ao jornal Correio Popular o parlamentar chamou os vereadores da cidade de 'otários' e 'desocupados'. Bolsonaro fez sua carreira política no Rio, mas nasceu e estudou parte de sua vida em Campinas, no interior de São Paulo.

"Diante de tamanha ofensa aos trabalhos desta Nobre Casa Legislativa, discordamos da clara tentativa de desqualificar o Poder Legislativo municipal e entendemos que o parlamentar passa a ser persona non grata em Campinas", informa o documento que será encaminhado ao deputado.

A moção de protesto do vereador Pedro Tourinho (PT) foi uma resposta ao posicionamento do deputado sobre os políticos locais.

As declarações foram dadas em entrevista ao jornal de Campinas Correio Popular, na edição do domingo de 1º de maio.

"Essa Câmara Municipal de vocês aí é fraca. Estou me lixando para esses vereadores que votaram isso. Eles não têm o que fazer, são uns desocupados… Esses vereadores são uns otários", disse ao jornal sobre uma moção aprovada no município, dia 25.

Bolsonaro partiu para o ataque após a Câmara de Campinas aprovar um documento de repúdio a homenagem que ele fez ao torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, durante seu voto pela abertura do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), na Camara dos Deputados.

Naquela sessão do dia 17 de abril, Bolsonaro invocou a 'memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff'.

"O coronel Ustra foi um herói nacional, ele lutou pela nossa democracia, pela nossa liberdade", reiterou na entrevista ao jornal. Ustra comandou o DOI-Codi, centro de torturas do antigo II Exército em São Paulo nos anos de chumbo, entre 1971 e 1974. Em 2012, a Justiça de São Paulo declarou oficialmente Ustra torturador. Ele morreu em 2015 aos 83 anos.

Um dia após a entrevista de Bolsonaro, na sessão do 2 de maio, o vereador Cid Ferreira (SD) criticou as declarações do deputado contra a Casa. "Além de deixar de ser homem, ele (Bolsonaro) deixou de ter caráter", declarou na tribuna nesta segunda, 16.

Ustra foi considerado oficialmente torturador pela Justiça de São Paulo, em 2012.

Defesa

O deputado Jair Bolsonaro foi procurado pela reportagem, mas ainda não se manifestou sobre a moção de protesto.

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