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Bolsonaro analisará possíveis vetos a projeto de abuso de autoridade

Presidente precisa decidir se sanciona ou veta total ou parcialmente o projeto aprovado pela Câmara e que criminaliza o abuso por procuradores e juízes

Jair Bolsonaro: presidente vai sancionar ou vetar projeto de abuso de autoridades (Carolina Antunes/PR/Flickr)

Jair Bolsonaro: presidente vai sancionar ou vetar projeto de abuso de autoridades (Carolina Antunes/PR/Flickr)

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Reuters

Publicado em 15 de agosto de 2019 às 18h21.

Última atualização em 15 de agosto de 2019 às 19h53.

Brasília — O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira, 15, que algumas autoridades praticam abuso, mas ressaltou que a decisão sobre vetar ou sancionar o projeto aprovado pelo Congresso será tomada de forma serena após ouvir ministros.

“[O projeto] vai chegar na minha mesa semana que vem. Os ministros vão, cada um, dar sua opinião, sua sugestão de sanção e alguns vetos. E vamos tomar a decisão de forma bastante tranquila e serena”, disse o presidente após evento no Clube Naval de Brasília.

Na noite de quarta-feira a Câmara dos Deputados aprovou projeto sobre abuso de autoridade que já tinha tramitado pelo Senado. Agora o texto depende do presidente sancioná-lo para que se transforme em lei.

Questionado sobre sua opinião a respeito do tema, o presidente concordou que há abuso de autoridade, e exemplificou com o processo a que respondeu por ter dito à deputada Maria do Rosário (PT-RS), em 2014, que ela “não merecia ser estuprada”.

“Tem autoridade que pratica abuso. Eu sou réu por apologia ao estupro. Alguém me viu alguma vez [dizer] que se deve estuprar alguém no Brasil?”, disse.

“Existe abuso, somos seres humanos. Logicamente não se pode cercear os trabalhos das instituições, mas a pessoa tem que ter responsabilidade quando faz algo e fazer baseado na lei”, acrescentou.

Em rápida entrevista coletiva após cerimônia em Brasília, Bolsonaro voltou a demonstrar confiança na capacidade de seu filho para ocupar o cargo de embaixador nos Estados Unidos e disse que Eduardo está "namorando" o Senado em busca de apoio para ter seu nome aprovado para o posto em Washington.

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